A SUSTENTABILIDADE COMO REGRA NA INDÚSTRIA DA MODA
Por Ana Paula Horemans
Sustentabilidade não é mais apenas um jargão. É uma regra. A indústria como um todo está tentando chegar a um acordo em relação às questões de sustentabilidade ambiental (esgotamento de recursos, poluição da água e do ar). Por enquanto, seus membros brigam individualmente com as dificuldades em encontrar uma vantagem comercial sustentável entre o aumento dos custos de entrada e as pressões descendentes no preço, problemas trabalhistas, especificações regulatórias complexas, aumento na concorrência e rápido aumento nas taxas de mudança. Como você pode posicionar a sua empresa para minimizar os riscos e aproveitar as oportunidades que surgirão da interação de todos esses fatores?
Em um evento recente com mais de 100 marcas líderes de roupas e calçados, patrocinado pela Sustainable Apparel Coalition (SAC), um membro da SAC afirmou que “a transparência na cadeia de valor está rapidamente se transformando em uma necessidade para fazer negócios… (desde) formação de material até o fim da vida”. A vida útil do produto, propriamente entendida, vai desde a concepção até sua eliminação após o uso. Manter este ciclo completo em vista pode, realmente, começar a solucionar alguns problemas de sustentabilidade que encontramos; por exemplo, por meio da reciclagem, uma atividade padrão da cadeia de fornecimento em diversas indústrias.
Uma vantagem das fibras sintéticas é que elas são recicláveis de volta à matéria-prima com base de óleo. Até agora, o Japão é o único mercado que realmente tem explorado esta opção. A gigante varejista internacional H&M se comprometeu a usar sua influência para promover as práticas de “reduzir, reusar, reciclar” em toda sua rede de fornecimento e seu CEO, Karl-Johan Persson, espera que “transformar as roupas velhas seja um novo padrão para nossa indústria” no futuro. Você algum dia imaginou ouvir um líder da moda dizer isso?
Se a sua meta é encontrar uma vantagem comercial sustentável em um mercado novo ou em mudança, qual é seu gatilho? É um sinal de demanda, uma nova relação do fornecedor, um compromisso ético, uma crença no potencial de uma nova fibra ou processo de acabamento? Não é nenhuma das anteriores ou é algo diferente? É quase certo não ter uma resposta pronta, no entanto, se for este o caso, chegou a hora de realizar uma análise de cadeia de valor.
Mesmo se tiver identificado seu gatilho, a mídia social externa está ajudando a superar a limitação sobre o que você não sabe sobre seus consumidores, e gera quantidades enormes de dados não estruturados que podem ser coletados e analisados. Também há aquilo que você não sabe sobre os gatilhos de produtividade para as equipes internas e as capacidades não exploradas dos parceiros da cadeia de fornecimento. A aplicação da tecnologia de mídia social para empresas ou fluxos de trabalho do canal pode ajudar a trazer essas incógnitas à luz e, assim, mostrar o que agrega valor, ou não, ao consumidor.
Vamos investigar os fatores que promovem a colaboração na cadeia de fornecimento, pois a colaboração é o caminho mais seguro para construir uma vantagem de negócio sustentável para todas as partes ao longo do tempo. Essencialmente, a colaboração requer a capacidade de compartilhar e interagir mediante dados críticos, de preferência em tempo real para que os parceiros possam sincronizar suas atividades. A sincronização estimula a inteligência do canal em acessar o produto correto e o serviço certo na cadeia de fornecimento para satisfazer o consumidor. Adotar uma abordagem de cadeia de valor não é apenas questão de facilitar o uso de tecnologias para comunicação, visibilidade, suporte para decisão, planejamento e interação. Isso demanda que as empresas de toda a cadeia de fornecimento também adotem as mudanças organizacionais e culturais que a acompanham.
Cada nível de colaboração gera valor pelos quatro determinantes críticos:
A capacidade colaborativa interna das equipes de gestão da empresa cresce na mesma proporção do nível da intensidade de colaboração.
Conforme cresce a intensidade colaborativa, ela conduz o crescimento exponencial em infraestruturas técnicas e comerciais para criar e extrair valor, acelerando a inovação.
Embora os processos comerciais conjuntos no canal de fornecimento sejam fundamentais para a criação de valor colaborativo, eles são apenas o início de muitas possibilidades de colaboração.
Os planejadores estratégicos devem buscar constantemente e também implementar novas tecnologias e métodos de gerenciamento para restaurar suas redes e responder ao mercado.
A cadeia de valor não é um conceito novo. Ele vem da tentativa de Michael Porter, em meados da década de 1980, de consolidar aspectos físicos e virtuais da cadeia de fornecimento para planejar objetivos. Porém, o termo está voltando à moda, porque, agora, como nos anos 1980, um grande número de tecnologias revolucionárias e possibilitadoras se tornaram disponíveis e acessíveis ao mesmo tempo em que o mercado consumidor está se recuperando de uma queda. Desta vez, o consumidor adquiriu a vantagem em muitos aspectos e o mercado se tornou global, diversificado e eletrônico. Os problemas de sustentabilidade ambiental que ainda nem estavam nas nossas telas nos anos 80 agora nos encaram.
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Ana Paula Horemans, gerente de produto para Infor no Brasil e América do Sul
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