Estamos vivendo a “Alegoria da Caverna”, de Platão, na versão digital.
Por Bruno Baldi*
Está muito claro que os algoritmos das redes sociais tem nos aprisionando num universo de projeções e vontades individuais.
Estamos revivendo condições de aprisionamento e ilusão das sombras que são constantemente lançadas através da tela dos nossos celulares.
Diariamente assistimos uma espécie de acomodação social, onde só existem verdades absolutas para um determinado grupo de pessoas em total pré-conceito as opiniões divergentes a este grupo.
Já estamos aprisionados em um núcleo de informações “exclusivas”, e impedidos de sair desta “caverna” de algoritmos para buscar novos conhecimentos (ainda que divergentes) a este mundo das sombras.
Na alegoria da caverna, Platão destaca que a luz representa a busca pelo conhecimento (da verdade), que iluminaria tudo aquilo que existe no mundo.
Infelizmente estamos, cada vez mais, nos afastando desta luz do conhecimento e educando os nossos filhos a obter (des)informação “enlatada” através de dados prontos, sem qualquer tipo de raciocínio crítico ou filtro desejado.
Ensinar a pensar criticamente, sem desrespeitar o entendimento dos outros, é desenvolver a mente!
É fazer exatamente aquilo que Platão chamou de “olhar da mente”.
Educar com conhecimento próprio (vivenciado), e não através de “enlatados” por algoritmos, é dar a essência da luz contra as trevas.
Que possamos refletir um pouco mais sobre este mundo das sobras digitais que estamos entregando às futuras gerações.
*Bruno Baldi – Advogado, Consultor Jurídico Ambiental e Regulatório no escritório Almeida Renzo & Baldi Sociedade de Advogados.
Fonte: O autor
Publicação Ambiente Legal, 11/01/2023
Edição: Ana Alves Alencar
As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.