Iniciativa visa devolver aves à natureza. Há somente 89 ararinhas no mundo, todas em cativeiro.
Por Ambiente Legal
Entre os dias 16 e 18 de maio, no Parque Villa Lobos, na Zona Oeste de São Paulo ocorre o Avistar, feira dedicada à preservação e observação de aves no país.
O Avistar terá inúmeras atrações, como palestras, observadores de aves, exposição de equipamentos, destinos de ecoturismo, entre outras. A entrada é franca para visitação aos expositores – a programação e inscrição para palestras está disponível em www.avistarbrasil.com.br.
O Projeto Ararinha na Natureza participa do Avistar. A iniciativa tem como objetivo a devolução desses animais à liberdade, após reprodução e aumento de sua população em cativeiro – hoje são somente 89 indivíduos no mundo todo, sendo 10 no Brasil.
Vídeos, totens informativos e outros materiais sobre o projeto estarão disponíveis para o visitante no estande da SAVE Brasil – Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil, uma das executoras do programa, junto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Funbio – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. O patrocínio do projeto é da Vale.
Em acordo viabilizado junto à organização do evento, a SAVE Brasil irá proporcionar a soltura de uma ave para cada R$ 30,00 arrecadados pela Avistar Brasil com inscrições nas palestras da feira.
Sobre o projeto Ararinha na Natureza
O projeto Ararinha na Natureza é patrocinado pela Vale e tem como parceiros executores o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos SAVE Brasil – Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil – e Funbio – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (via Carteira Fauna Brasil), e como parceiros mantenedores a Al-Wabra Wildlife Preservation (AWWP), a ACTP – Association for the Conservation of Threatened Parrots; o NEST e a Fundação Lymington.
Um animal extinto na natureza
A ararinha-azul é um dos animais mais ameaçados do planeta e, embora tenha sido sempre considerada rara, devido ao histórico de destruição de seu habitat (Caatinga) e a intensa captura para o comércio ilegal, a espécie tornou-se símbolo mundial da importância de preservação da biodiversidade. Como a possibilidade de existirem indivíduos na natureza é muito remota, o aumento populacional em cativeiro para a reintrodução na natureza é a única esperança para a recuperação da ararinha no seu habitat original.
A Ararinha habitava matas de galeria, com riachos sazonais, no extremo norte do estado da Bahia, ao sul do rio São Francisco. Todos os registros históricos para a espécie estão localizados nos municípios de Juazeiro e Curaçá na Bahia, com apenas relatos da presença da ave nos estados de Pernambuco e Piauí.
A arara mede cerca de 57 centímetros de comprimento e possui uma plumagem azul, variando em tons pálidos e vividos ao longo do corpo. Pouco se conhece sobre sua ecologia e comportamento na natureza. Sua dieta consistia principalmente de sementes de pinhão-bravo e faveleira. O período de reprodução estava associado a época das chuvas.
A União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), classifica a Ararinha como espécie “em perigo crítico”, possivelmente “extinta na natureza”.
O governo brasileiro já declarou a Ararinha extinta na natureza. Resta, portanto, a esperança desse programa civil de reinserção a partir do controle de reprodução em cativeiro.
O projeto conta com um perfil no Facebook: (facebook.com/ararinhananatureza). Vale a pena apoiar a iniciativa.
Fonte: COMUNICARE – Luana Monteiro