É preciso retirar a máscara do pretenso discurso ideológico na condução das badernas em manifestações, para reprimir com eficácia os sociopatas e psicopatas que prestam serviço ao totalitarismo e à desmobilização popular.
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
A NOCIVIDADE SOCIAL DA BADERNA
Black Bloc constitui grupo organizado de elementos encapuzados ou mascarados, que se infiltram em movimentos sociais e manifestações de rua, ou com elas se articulam, para causar transtornos e danos de toda espécie.
Sua propalada iconoclastia libertária e anarquista configura frágil fachada para atividades desmobilizadoras, sectárias e sem outro propósito que a destruição e o terror.
Por suas características paramilitares, os Black Blocs constituem ameaça ao Estado Democrático de Direito. Não deveriam as autoridades hesitar em reprimi-los. Esses indivíduos evidenciam perigosa sociopatia. Pode-se identificar em cada um deles um psicopata muito próximo de cometer um delito hediondo para depois agir de forma dissimulada.
Radicalismos, quebra-quebras e protestos que terminam em prisões, admito, integram o cotidiano das melhores democracias do mundo. Também é função do aparato policial, planeta afora, coibir, negociar, reprimir e desmobilizar movimentos similares.
O problema, por aqui, no Brasil, é justamente as autoridades não se aperceberem da sociopatia latente, dissimulada pela máscara ideológica desse movimento.
O despreparo dos encarregados da manutenção da ordem e a superficialidade dos profissionais responsáveis pela informação ao público, fazem com que esses segmentos não diferenciem mobilizações pacíficas de organizações determinadas a produzir danos de toda ordem.
Essa ignorância permite que vândalos ajam com desenvoltura, acobertados pelo discurso da vitimização e apoiados por uma mídia contaminada pelo instinto de platéia (sem o qual não haveria estímulo para esses psicopatas…).
Com efeito, ações violentas, barulhentas e radicais, que causam transtornos à população inocente, seriam compreendidas no limite da racionalidade, caso vivêssemos em um regime político ditatorial, desprovido de outro canal de reivindicação, sem justiça ou liberdade de imprensa. Nessas circunstâncias, a visibilidade social justifica a busca pelo conflito e o enfrentamento caracteriza forma de resistência civil.
No entanto, não estamos em guerra civil, não vivemos sob uma ditadura, gozamos de amplas liberdades democráticas, possuímos meios pacíficos e bastante adequados de transmitir reivindicações sociais e demandar autoridades.
O radicalismo, nessas circunstâncias, tem como objetivo destruir exatamente essas conquistas.
A história já nos deu exemplos desse tipo de processo de desagregação pela violência organizada em grupos paramilitares, e o resultado já representou a morte de milhões…
MANIFESTAÇÃO POLÍTICA OU TRANSTORNO SOCIOPATA?
Quebradeiras e vandalismos evidenciam qualquer coisa, menos intenção de agir democraticamente ou ter algum pleito legítimo atendido. São evidências claras de transtornos psicossociais merecedores de repressão, cuidadosa análise e tratamento clínico.
Seriam esses desordeiros mascarados, portanto, sociopatas organizados em bandos ou hipossuficientes manipulados por psicopatas dissimulados? De uma forma ou outra, ambos são merecedores de atenção, repressão e cuidado.
É sabido que a psicopatia e a sociopatia são considerados distúrbios mentais graves, caracterizados por desvio de carácter, dissimulação, ausência de sentimentos genuínos, frieza, insensibilidade a sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso ou culpa para atos cruéis e inflexibilidade ante castigos e punições.
Sociopatas sofrem transtornos que produzem atos anti-sociais contínuos (ainda que não sejam sinônimo de criminalidade) . Há neles uma inabilidade para seguir normas sociais – nos muitos aspectos do desenvolvimento da adolescência e durante a vida adulta.
Os sociopatas não apresentam sinais aparentes de anormalidade mental (alucinações, delírios, ansiedade excessiva, etc.) o que torna o reconhecimento desta condição muito difícil. Além disso, costumam dissimular e dourar intelectualmente suas ações com certo romantismo, tornando-se superficialmente interessantes.
É característico do sociopata imitar emoções humanas, conseguindo, assim, não ser de início percebido. Consegue facilmente a simpatia e confiança das pessoas que quer, então, manipular.
A psicopatia, por sua vez, tende a carregar fatores de ordem genética, enquanto a sociopatia provém de fatores sócio-ambientais – ainda que psicopatas sejam propensos a se sugestionar com mais facilidade. A sociopatia, assim, pode surgir como resultado de fatores sociais desfavoráveis, tais como negligência parental, delinquência, fanatismo religioso ou ideológico, etc.
Vários estudiosos no assunto diferenciam psicopatas e sociopatas. Para eles a sociopatia, constitui um caso mais franco, declarado e aberto de anomalia no relacionamento.
Um sociopata é menos dissimulado e teatral que um psicopata. Os sociopatas contestam com mais franqueza normas sociais, criam mais transtornos e animosidades e estão, portanto, mais propensos a fatores objetivos que os identifiquem com condutas associadas à criminalidade que os psicopatas.
A postura individual, no entanto, torna o psicopata mais perigoso que os sociopatas, tendo em conta a forma dissimulada com que age, ocultando intenções criminosas.
DESIDEOLOGIZAR A POSTURA DOS SOCIOPATAS
Um eficiente aparato de Segurança Pública, deveria aplicar esses conceitos, ainda que de forma bem superficial, à realidade dos Black Blocs.
Isso retiraria a máscara ideológica que cobre o protagonismo desses sociopatas nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Sem essa politização, a investigação poderia melhor traçar o perfil de lideranças e militantes psicopatas, identificar sociopatas e agir com profilaxia sobre as camadas de hipossuficientes mentais e morais, normalmente utilizados como massa de manobra.
É preciso com urgência diferenciar, nas manifestações de rua, ocupações de prédios públicos, danos a propriedades privadas e agressões a terceiros, os hipossuficientes manipulados e os manipuladores psicopatas. Estes fazem uso de um discurso ideológico teoricamente assimilado, agem camuflados por siglas partidárias ou movimentos sociais, manipulam carências materiais e fragilidades ocorrentes nas pessoas e, assim, provocam, induzem e lideram o vandalismo.
O segredo, portanto, é DESIDEOLOGIZAR a sociopatia e IDENTIFICAR os psicopatas, retirando-os da zona de conforto da vitimização social e do discurso político.
Se assim agir, poderá o Estado processar, condenar e tratar esses indivíduos, sem se deixar chantagear por siglas partidárias, movimentos sociais e mídias engajadas.
Nesse mister, um governo sério não pode se deixar influenciar por uma opinião pública eventualmente sensibilizada pela demanda social em causa – na verdade usada como pretexto para o exercício dos transtornos psíquicos. Tem obrigação de separar a demanda dos que dela se utilizam predatoriamente.
A sua periculosidade política e social é evidente – razão pela qual os líderes Black Blocs agem, por sua vez, a serviço de movimentos comunistas ou fascistas interessados em destruir a democracia.
A SERVIÇO DO TOTALITARISMO E DO CINISMO POLÍTICOS
Totalitarismo atrai psicopatas e sociopatas de toda ordem, como moscas sobre a carniça social. Corrupção política e posturas cínicas de Estado, também atraem…
Isso ocorre hoje no Brasil, seja nas ações radicais de reivindicação, seja nas táticas de desmobilização, da forma mais cínica e cruel.
Essa simbiose de manipulação política de manipuladores sociopatas – contextualizam as ações, e podem ser observadas nas manifestações ocorridas desde o ano passado (2013), quando manifestações pacíficas desbordaram em cenas de vandalismo e agressões de toda ordem. Podemos identificar o mecanismo, ainda que originado de matizes ideológicas distintas.
A constante em todos esses “desvios” foi e é a presença dos “Black Blocs”.
Em nenhum momento, portanto, esses encapuzados se comportaram como celerados desorganizados.
O vandalismo desenvolve-se, assim, de forma organizada – verdadeira manifestação orientada e manipulada com características que revelam profunda psicopatia.
Os atos de depredação são friamente cometidos, dentro de um parâmetro de risco medido e assumido por quem age como tropa de choque de movimentos autodenominados de esquerda.
Porém, mais que atuar no apoio às reivindicações pretensamente populares, ou mesmo assumidamente sectárias, os psicopatas encapuzados assumem um papel de agentes desmobilizadores.
Ao atrair a repressão policial e produzir cenas de depredação e agressões, ostensivamente violentas, esses elementos acabam por inibir a participação pacífica da massa popular, afugentando eventuais protagonistas legitimados à reivindicação em pauta…
Nesse sentido, os encapuzados Black Blocs tornam-se mais eficazes que a própria tropa de choque oficial da PM.
Essa sociopatia segue, portanto, um padrão de vitimização, radicalização, vandalismo e desmobilização.
É certo, muitos protagonistas Black Blocs atuam de forma profissional, visando radicalizar ou propositadamente desmobilizar. Sociopatas orientados por psicopatas, de uma forma ou outra interessados em desorganizar o tecido social ou, no mínimo, manipular e desmobilizar de forma criminosa e profissional legítimos movimentos de protesto.
A tática de ação obedece a interesses ideológicos distintos, senão vejamos:
1- A esquerda sociopata:
As ligações cada vez mais aparentes dos grupos de depredadores encapuzados com movimentos de esquerda radical revelam não se tratar de um grupo idealista, inconsequente e francamente libertário (o que reforça a sociopatia).
As depredações ao patrimônio urbano, particular e coletivo, protagonizadas a título de reivindicar direitos e interesses tidos como “populares”, não são excessos ocasionais ou reações desesperadas a qualquer ato de repressão. Elas ocorrem a serviço de uma “leviandade escatológica”, copndenável e típica dew facções travestidas de movimentos sociais, manipuladas por partidos nanicos de extrema esquerda, grande parte deles, infelizmente, orbitando como mariposas em torno de luminares totalitários ou hostes de celerados hospedados em partidos de esquerda maiores.
As obrigações de algumas lideranças políticas de esquerda para com o Poder, é bem verdade, de há muito deveriam transcender esse “sectarismo de boteco”, no qual muitas vezes parte da militância mergulha.
Não é raro observar, por exemplo, a tolerância de algumas hostes do grande partido da esquerda brasileira, o PT – cujo perfil e trajetória revelam postura democrática – para com vandalismos protagonizados por “movimentos sociais” – não raro envolvendo delitos de dano ao patrimônio de terceiros, esbulhos possessórios, perturbação do trabalho, do sossego e da Ordem Urbanística.
Obcecados pela postura esquerdista radical, ante a pusilanimidade encontrada no Poder, os sociopatas ficam como que tomados por crescente sensação de impunidade, fato que os incentiva a produzir todo tipo de danos materiais e morais à economia e aos cidadãos.
Grupos sexistas, racistas, discriminatórios – ajuntamentos de radicais em busca de um pretexto para radicalizar, não raro têm sido apoiados irresponsavelmente por quem deveria exercer no núcleo do poder central, o dever de ofício de investigar ilicitudes e zelar pela Ordem Pública.
O caso envolvendo o assassinato de cidadãos por índios, ocorrido em Humaitá, na passagem do ano de 2013, incitados a tal por comportamento irresponsável de um dirigente da Funai local, é revelador desse apoio que vem se tornando regra: a aposta na radicalização no intuito de se tirar algum ganho eleitoral em prol de partidos mais a esquerda, desmoralizando a autoridade local de governos opositores ao Poder Federal.
O mesmo pode se verificar no caso “frustrado” do suicídio do menor de idade Kaíque, em São Paulo (que mereceu nota oficial da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, qualificando o fato como “bárbaro homicídio por homofobia”, antes das investigações revelarem o contrário).
Os “rolezinhos”, distorcidos pela abrupta manipulação de “sem-teto” e apoiados por nota da Secretaria da Igualdade Racial da Presidência da República, praticamente insinuando que a sociedade civil frequentadora de shoppings era “racista”, é outra entre muitas outras manifestações que descambam para o escracho e a violência sempre em nome de uma “luta contra o que está aí”, ainda que isso signifique estar contra o próprio poder que estimula os manifestantes…
A preocupação de radicais de esquerda, em se blindar das investigações sobre a morte do cinegrafista da Band, a morte do menino “bailarino” da globo, o quebra-quebra ocorrido na manifestação de um ano do Movimento Passe Livre, etc, são outros exemplos que revelam a manipulação evidente ,produzida por quem ostensivamente se posta contra a Ordem Pública alegando agir em prol de direitos humanos.
No entanto, no curso dessa “defesa intolerante por direitos”, os sociopatas militantes atentam contra direitos humanos justamente protegidos pela Ordem Pública que pretendem “derrubar”.
O trocadilho fonético direitos humanos com direito “dos manos”, muitas vezes, não é gratuito.
No horizonte de toda essa tolerância para com a violência, é bom reiterar, há um projeto essencialmente totalitário, aparentemente populista, claramente hegemônico, concentrado no aparelhamento do Estado e na corrosão dos valores morais que sustentam o pluralismo político, a livre iniciativa, o regime econômico capitalista e o Estado Democrático de Direito.
Nesse caldo de cultura é que proliferam os sociopatas paramilitares, liderados por psicopatas que usam um capuz ideológico.
Fique claro: não se pode levianamente imputar essa atitude à figura do Partido dos Trabalhadores ou outro partido democrático mais á esquerda no cenário nacional. A chefia do executivo federal, por sua vez, não está envolvida nisso, pelo contrário. Há muita gente séria nos partidos de esquerda e no governo, como há nos partidos de direita (se é que sobrou algum).
No entanto, a pusilanimidade com que certas manifestações claramente intolerantes são admitidas, e o respeito de autoridades populistas a certas exceções radicais, acabam ditando, nesse campo, uma triste regra!
2 – A direita oportunista:
A direita, no sentido clássico, enquanto postura pública e ideológica, no Brasil, não se encontra no Poder.
No entanto, tem assumido essa postura, por certa gravidade, partidos de origem muito similar á do Partido dos Trabalhadores, inclusive quanto à postura do seu estamento intelectual, como é o caso do PSDB.
Assim, para efeito deste ensaio, ouso incluir a social democracia brasileira nesse “rol” da direita.
Conservadores e reacionários nutrem verdadeiro pavor por manifestações de massa. Movimentos sociais e reivindicações não costumam ser bem vistos pela direita, a não ser quando traduzidas em apoio a algum líder conservador e vistas do palanque. Aliás esse era um mote de líderes importantes da antiga direita brasileira como José Maria Alckmin (“Povo só é bom, visto do palanque”).
Nos estados mais conservadores, as manifestações em prol da redução das tarifas de ônibus foram rechaçadas como “baderna” e violentamente reprimidas. ESSA foi a razão da revolta popular que explodiu em massa no mês de junho de 2013.
Em que pese ter havido um recuo midático, patente que governos trabalharam intensamente para montar uma forma inteligente de desmobilizar a chamada massa popular. Daí a enorme desconfiança advinda com o “jogo de tolerância” adotado pela polícia, em alguns momentos, no permitir a súbita tomada à frente das manifestações “de baderneiros”, justificando a posteriori, a repressão. Com isso, a desmobilização popular tornou-se um fato.
Convido todos os leitores a buscar na internet a cobertura visual das manifestações populares ocorridas em junho de 2013, no período da Copa das Confederações.
Ali poderemos todos constatar o verdadeiro “ballet”, coreografado, entre forças de repressão e Black Blocs que “surgiam do nada”, sempre que o movimento popular ganhava espaço e força em direção aos estádios, ou ocupava os grandes centros.
O cenário mais emblemático foi o de Belo Horizonte, onde facilmente se verificou o “surgimento” dos homens de preto, em meio à multidão mas separadamente dela, passando a quebrar as fachadas de concessionárias e bancos próximos ao estádio de futebol. Com isso “deram o sinal” para a tropa de choque avançar e reprimir a manifestação em passeata de milhares de cidadãos que caminhavam em paz e, se assim se mantivessem, não deixariam margem para a reação policial, em direção ao Estádio.
Em Brasília, verificou-se o mesmo. Em São Paulo e Rio, isso ficou patente. O caso recente, na cidade de São Paulo, onde grupos depredaram concessionárias e bancos com a Tropa de Choque imobilizada por “um acordo de não agressão” absolutamente surreal, identifica esse tipo de “coreografia” do desgaste.
A forma de ação é clara: provocar a repressão sobre um movimento pacífico sobre o qual não se tem o domínio.
Para esse tipo de provocação é preciso treinamento, articulação, inteligência e objetividade estratégica – o risco é, como se diz na linguagem militar, “aceitável”.
Me lembrei de uma passagem relatada em um livro, por um agente da CIA, em que ele, numa missão de treinamento conjunto, foi acompanhar uma intifada na região da cisjordânia ocupada. Ali, ao lado dos dirigentes do Mossad (serviço secreto israelense), identificou com relativa facilidade os líderes da manifestação, que ganhava certa violência. Perquiriu, então, o seu colega israelense, apontando para aquele que parecia ser o líder da rebelião, o maior incitador da violência – “veja ali, por que não o prendem?” – perguntou. “Ora, aquele ali, é nosso agente!”, respondeu o orgulhoso agente do Mossad…
Ao verificar que absolutamente nenhuma repressão das tropas de choque, quando ocorre, termina em prisões significativas, ou mesmo se vê acompanhada por serviço de inteligência que se mostre eficaz, sinto que não há vontade clara em procurar saber quem provocou de fato a baderna.
Ao constatar não haver um trabalho de desbaratamento desse grupo de radicais do nada, que já causaram danos materiais, físicos, morais e até morte – só posso entender que o “risco” de danos provocados está ocorrendo no nível “aceitável” em uma relação custo-benefício de uma eficaz DESMOBILIZAÇÃO POPULAR.
Desmobilização obtida por essa coreografia de pega-pega “polícia versus mascarados”, desmotiva cidadãos comuns de saírem à rua para protestar…
O cinismo, infelizmente, é uma marca conhecida do conservadorismo.
RETIRAR O VÉU DA MANIPULAÇÃO POLÍTICA PARA IDENTIFICAR O CRIMINOSO
Não existe cura nem tratamento para a sociopatia e para psicopatia. Todos os especialistas são unânimes em reconhecer que é praticamente impossível tratar um sociopata, pois ele não tem ansiedade, é totalmente imune à punição e sua moral ética é totalmente distorcida.
Sociopatas violentos costumam ser trancafiados no manicômio judiciário ou mantidos sob intenso tratamento ambulatorial, para que a sociedade seja preservada de seus atos.
Mas, há aqueles que apresentam determinado conjunto de sintomas e não são sociopatas. São pessoas que apresentam outros desajustes ou dificuldades de relacionamento. Estes precisam de apoio, ação profilática para se diferenciarem dos sociopatas e tutela judicial do Estado.
O que sugiro, portanto, urgentemente, é que nossas autoridades PAREM de confundir manifestantes.
É preciso parar de dissolver Black Blocs nas confusões ocasionadas em manifestações nas ruas. A repressão deve ser mais seletiva, precedida de investigação e repressão aos sociopatas e psicopatas inoculados nos movimentos.
As recentes atitudes adotadas no final da Copa do Mundo de 2014, com a prisão preventiva de dezenas de lideranças desses grupos radicais, já aponta o caminho.
Se assim fizerem nossas autoridades judiciárias, a polícia de investigação, Ministério Público e magistratura, poderemos finalmente DESIDEOLOGIZAR, DESVITIMIZAR e DESCONSTRUIR o discurso político que serve de camuflagem para as ações de depredadores contumazes, tornando mais eficaz a reação do Estado brasileiro na preservação dos valores pluralistas e democráticos que o sustentam.
Acho, também, que está na hora do jornalismo isento e investigativo se libertar dos seus militantes levianos que servem de platéia para psicopatas e, assim, agir mais profundamente em busca da raiz, dos projetos de manipulação política ou de inserção de vias totalitárias, que se servem desses celerados morais em prejuízo da própria liberdade de imprensa.
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP) , sócio-diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Consultor ambiental, com consultorias prestadas ao Banco Mundial, IFC, PNUD, UNICRI, Caixa Econômica Federal, Ministério de Minas e Energia, Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, DNIT, Governos Estaduais e municípios. É integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Grupo Técnico de Sustentabilidade e Gestão de Resíduos Sólidos da CNC e membro das Comissões de Direito Ambiental do IAB e de Infraestrutura da OAB/SP. Jornalista, é Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal, Editor da Revista Eletrônica DAZIBAO e editor do Blog The Eagle View.