Onde conseguir recursos para a manutenção de uma entidade do Terceiro Setor
Por Eliandra Cardoso*
A decisão em Captar Recursos por parte das entidades está intimamente ligada à necessidade de diversificação das receitas para que seja possível continuar a jornada.
A velha frase “não coloque todos os ovos em uma mesma cesta”, é bem verdade, porém, algumas instituições do terceiro setor estão acomodadas numa única fonte de financiamento, como por exemplo, aquelas que recebem recursos do governo e correm o risco de em alguma mudança governamental ou mesmo agora com o novo marco regulatório do 3º setor (Lei Federal n.º 13.019/2014) não terem continuidade, assim como podem ocorrer mudanças radicais no seu formato de prestação de contas.
Quando a entidade tem clareza e toma a decisão por diversificar, ela tem dois caminhos: estruturar internamente um departamento de Captação de Recursos ou terceirizar contratando uma consultoria para ajudar na estruturação e na busca por financiamento.
O passo seguinte é levantar todas as fontes possíveis de captação a partir das características da entidade.
Uma entidade pode receber doações de várias fontes: empresas, fundações, indivíduos e grupos comunitários. Os recursos também podem ser resultado de uma variedade de atividades, incluindo a apresentação de propostas de financiamento, eventos e verbas governamentais.
Entre as diferentes fontes de captação de recursos, estão:
- Governos;
- Cooperação internacional;
- Institutos e fundações;
- Empresas;
- Indivíduos;
- Geração de renda.
Independentemente da origem dos recursos, o planejamento de seu processo de captação precisa ser claro.
No processo de diagnóstico e conhecimento da estrutura é comum identificar que a entidade possui uma gama de pessoas envolvidas, seja diretoria, contribuintes ou até outras entidades, e isso pode levar a estratégia de diversificar por meio de doações de indivíduos, e por isso devem ser priorizadas, uma vez que captar recursos com pessoas traz dinheiro e também promove a organização, aumentando o apoio da comunidade.
Outro passo importante é identificar quais financiamentos empresariais a entidade está apta a buscar como, por exemplo:
- Participações de Editais do Condeca;
- Participações de Editais do CMDCA;
- Lei Rouanet (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991);
- Lei de Incentivo ao Esporte ( Lei 11.438/2006); dentre outros.
Para a participação nesses tipos de financiamento é necessário à construção de um projeto, atendendo todos os requisitos de cada edital e que deve ser publicado em Diário Oficial.
Após a publicação no Diário Oficial começa a busca por Patrocínios junto às empresas. É um trabalho de formiguinha, não é simples e exige muito esforço e dedicação.
Cada fonte de recursos pode exigir estratégias e estruturas diferenciadas, para que os resultados gerados sejam consistentes.
Para que esse trabalho alcance os objetivos esperados é necessário:
- Que a entidade encare de forma profissional e séria seja buscando um profissional para atuar internamente ou uma consultoria;
- Paciência, não é um processo rápido, requer investimento e trabalho, muito trabalho;
- É fundamental que a entidade tenha legitimidade;
- Nível de envolvimento da Diretoria e liderança no processo de captação;
- É uma decisão como essa hoje que pode ajudar na longevidade da entidade amanhã.
*Eliandra Cardoso é administradora, empreendedora e coach. Especialista em gestão de Organizações Sociais. Sócia Fundadora da Egéria Consultoria.
eliandra@egeriaconsultoria.com.br
Fonte: Zaru Comunicação
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