Se amam sobretudo a liberdade, então saberão em quem votar!
Por Leonardo Barros e Antonio Fernando Pinheiro Pedro*
Tomamos a liberdade de nos dirigir ao povo desta grandiosa nação, cientes que não existe país, sistema de justiça ou sociedade perfeita. A busca do paraíso, geralmente nos leva ao inferno.
Dirigimo-nos a vocês por estarem prestes a votar na mais importante eleição para o mundo, desde II Guerra Mundial. Esta eleição presidencial, portanto, transcende os Estados Unidos.
Passamos por um momento crítico para segurança da humanidade.
Vivenciamos uma enorme crise de credibilidade nos sistemas públicos e privados de informação. A chamada imprensa tradicional deixou de relatar os fatos para informar o seu próprio viés. Trata hoje de produzir narrativas e desprezar o discernimento do público.
As redes sociais – é fato, encontram-se infestadas de notícias falsas e/ou deturpadas de forma muitas vezes dolosa. No entanto, ainda permitem a filtragem do fluxo de informações por conta da liberdade de produção de fontes e opiniões.
O sistema de educação encontra-se contaminado pela ideologia de gênero, pelo “politicamente correto” e por uma visão historicista que culpa nossa sociedade ocidental por todas as máculas da história da humanidade desde o império romano. A ideia dessa “educação” é aplicar na mente de crianças e jovens a pedagogia da derrota e gerar ressentimento.
Em verdade, há uma “preparação” da massa popular, para permanecer culturalmente dócil à sua sistemática exclusão da atividade econômica e política global. A ideia em causa é submeter os excluídos ao conformismo para com programas de assistência social e transferência parcial de renda, promovidos pelo globalismo dito progressista. Daí o interesse em inculcar na população, uma sensação contínua de “culpa” pelo fato de sua simples existência…
Esse comportamento de derrota é induzido pelo chamado “marxismo cultural”, apanágio do globalismo dito progressista, inoculado na academia, indústria cultural, instituições políticas e partidárias americanas, com apoio de eurocêntricos e euroburocratas instalados em Bruxelas. Seus artífices produzem, hoje, o maior processo de concentração econômica e ação liberticida desde os tempos do antigo regime aristocrático do século XVIII – aquele que foi derrubado pela Revolução Francesa e Americana…
Ocorre que em nenhum momento negamos o reconhecimento explícito das atrocidades, selvagerias e brutalidades que integram a história de TODA a humanidade, sem distinção. Somos fruto da história e, por conta dela, chegamos onde chegamos – num alto grau de civilização.
Não somos culpados pela escravidão de todos os povos derrotados em batalhas nos conflitos milenares ocorridos em disputas irracionais e cruéis por riquezas, ou mesmo pela destruição histórica do equilíbrio ecológico na superfície do planeta. Pelo contrário: somos portadores do conhecimento crescente sobre as circunstâncias, causas e efeitos de todos esses eventos sobre nossa cultura atual. Podemos, assim, fazer o melhor.
Nossa responsabilidade por sermos não só o que somos mas, também, o que somos e fazemos com o que fizeram de nós, em hipótese alguma nos obriga a esforços “mitigatórios” do presente em face do passado.
Recusamos a condenação ao ressentimento e ao rancor, que o sistema globalista pretende nos impingir. Esse esmagamento moral “politicamente correto”, visa nos fragilizar, nos dividir, enfraquecer e nos tornar vulneráveis à criminalização de nosso pensamento, manifestação e atos.
Assim, o que se implanta hoje nos EUA e na Europa, por meio dos globalistas ditos “progressistas”, é um paradoxo, face ao que se buscou implantar no nosso Continente desde o fim do antigo regime. Isso nos atinge diretamente, e afeta o restante do mundo ocidental democrático e civilizado.
Para superar esse imbróglio, devemos resgatar nossas raízes morais, religiosas, históricas e políticas, que moldaram nosso caráter inovador, livre, plural, diverso e soberano.
Os valores que marcam nosso continente, de forma alguma se identificam com a degradação levada a cabo por ideólogos de gênero e manipuladores marxistas culturais. Estes degradadores, hoje estão encastelados nos escaninhos do poder em vários regimes do ocidente, nos EUA e no Parlamento Europeu. São o vírus a ser combatido.
Pois bem, chegamos à eleição presidencial dos Estados Unidos da América – o Estado mais poderoso do mundo. O maior responsável por manter o equilíbrio e a paz no planeta.
Para nós, é fundamental que o povo americano não se deixe subjugar por correntes liberticidas, que usurpam o termo “democrático” para justamente destruir a democracia.
Pedimos, ou melhor, contamos que o povo norte-americano assuma com coragem a defesa dos valores propagados pelos bravos fundadores da Grande Nação Democrática.
Rogamos que o bravo eleitor dos Estados Unidos adote critérios de avaliação objetivos.
Se não gostam do que hoje ocorre nas cidades sem controle, sem segurança, sem educação, sem espírito comunitário e, portanto, altamente fragmentadas em “tribos” distintas, violentamente rivais; como em Nova Iorque, Los Angeles, São Francisco e Chicago (somente para citar casos notórios).
Se repudiam a insegurança, a alta carga tributária, a especulação imobiliária e o desemprego que hoje provoca o maior fluxo migratório entre a massa trabalhadora nativa na história dos EUA.
Se amam sobretudo a liberdade, então saberão em quem votar!
*Leonardo Barros é formado em Ciências Econômicas pela PUC-MG e em Ciências Navais, como oficial oriundo da Escola Naval da Marinha do Brasil. Executivo especialista em ciberinteligência, fez carreira executiva na SAP e Oracle e hoje é Presidente da HEX360, empresa do setor de sensoriamento remoto orbital e produção de inteligência.
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado formado pela USP, jornalista e consultor ambiental. Fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados, é Diretor da AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, membro do IBRACHINA Smart City Council e Coordenador do Centro de Estudos Estratégicos do Think Tank Iniciativa DEX. Pinheiro Pedro preside a tradicional Associação Universidade da Água – UNIÁGUA, e é Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. Como jornalista é Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
Fonte: The Eagle View
Publicação Ambiente Legal, 06/11/2024
Edição: Ana Alves Alencar
As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.