Nasceste em tempos de penumbra
alimentaste-te de frias criaturas
cresceste em meio a tempestades de areia e chuva
caminhaste por solos desconhecidos
encontraste homens de vil coragem
devoraste animais de fina plumagem
águas e terras de sangue manchaste
com a maldade do mundo fez camaradagem
e seguiste tua viagem
Agora a terra que foi tua mãe
desonrada que foi pelo teu abandono
aguarda sombria o teu cuidado
Despe tuas vestes sujas da ingratidão
rompe as barreiras que te afastam do perdão
escorra o fel das intrigas que te cercam
pousa teu olhar onde a fé se faz estrada
carrega em tuas mãos a bondade sublimada
faz de teus pés o início da caminhada
onde acompanha o rio das águas borbulhantes
banha-te nele teu corpo indiferente
acerca-te do bem dos homens penitentes
renova tua vida com promessas de esperança
usa tuas mãos como força da justiça
ergue-te pra luta onde o amor a vitória alcança
honra tua mãe a terra que teu corpo habita
erga-a e refaça-a bendita !
Linda poesia, quase uma oração, invocando nossas energias por uma preservação.
Muito obrigada Cláudio! Vindo de você, é sempre um elogio em dobro!!! beijo
Parabéns Ana! linda poesia, muito profunda.
Muito obrigada pelo comentário e carinho Raquel. Fico feliz por ter gostado. Grande beijo !