Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro
Orgasmo é plenitude. Organismo é utilidade.
Orgasmo é orgânico. Porém, transcende o organismo.
Do prazer, o orgasmo é causa e consequência.
Simbiose suprema. O prazer conquista o orgasmo. O orgasmo liberta o prazer.
Não há gênero que não possa tê-lo. Mas na mulher, é poesia.
Orgasmo é para todos. No entanto, o dia do orgasmo é dedicado à mulher.
Para a mulher, especialmente, o orgasmo expressa momento de libertação, em todos os sentidos – inclusive o político. Ainda que obtido no prazer partilhado, o orgasmo é solitário. Ele demanda, por isso é generosamente egoísta…
A liberdade é feminina, a plenitude democrática também.
No mundo, dois terços das mulheres são proibidas de sentír prazer, por amarras religiosas e culturais. Sociedades misóginas temem o prazer da mulher e cultivam o ódio moral ao seu ápice libertador: o orgasmo.
Cultivar o orgasmo, portanto, é cultivar a plenitude orgânica da liberdade.
Nos dias sombrios de hoje, lotados de hiposuficientes politicamente travestidos e castradores fundamentalistas, buscar o prazer sem culpa é conquistar a liberdade.
Portanto, mulheres, gozem desse momento libertador.
31 de julho. Feliz dia do orgasmo!
Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro da Comissão de Infraestrutura e Sustentabilidade e da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo (OAB/SP). É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
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