Por Augusto Vasconcelos Dias*
“Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.”(Sir Arthur Lewis)
Educação é ação. Contínua, regular e que deve ser exercida na sua forma mediata, quando fazemos em investimento no futuro de nossa sociedade, mas, Mas também imediata, dado ser imperiosa para instruir um indivíduo e apresentar-lhe imediatamente as lacunas no seu conhecimento e as fronteiras dos usos e costumes do grupo social em que ele está inserido.
Tecnicamente a educação é o processo contínuo de desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais do ser humano, a fim de melhorar a sua integração na sociedade.
Nas últimas quatro décadas transferiu-se toda a responsabilidade da educação de crianças e jovens para o sistema de educação. Um erro grosseiro. Pois a escola educa para a formação intelectual de seus alunos e assim melhorar o nível cultural de toda uma nação. Perdemo-nos na preguiça dos pais e familiares, que preferiram transferir para as escolas a responsabilidade de educar os indivíduos sociais – crianças e jovens.
Com isso, perdemos a qualidade no decorrer dos anos, pois formamos maus cidadãos, sem limites e conhecimento sobre convívio social. Padronizamos a níveis mais baixos do que tínhamos há 50 anos a educação profissional e para cidadania.
Cidadãos formados por essa baixa na qualidade educacional tornaram-se professores e pais. Em consequência disso formaram novas gerações de igual ou pior qualidade.
Vemos hoje nas universidades alunos sem a capacidade de construir um raciocínio lógico. Sem a habilidade de saber buscar e transformar conhecimento. Aquela padronização, que falamos acima, se tornou o limitador dessa habilidade. Tudo segue um Script, um padrão de formatação de provas, trabalhos e falta de recurso mental para transformar a informação em novo conhecimento.
Perdemos com o passar dessas quatro décadas, à vontade e ação alquímica de transmutação da matéria prata em ouro. Preferimos formar para que nossos cidadãos obtivessem diplomas e certificados de conclusão; mas não mentes equacionadoras de soluções para uma sociedade melhor.
Assim chegamos à posição de termos líderes mundiais e locais pouco afeitos ao respeito às diversidades, à ciência e respeito à vida. Formamos mentes pequenas. Cabeças preguiçosas e pouca luz.
Precisamos iniciar imediatamente a transformação da nossa educação. Cada ano que perdemos em prover essa mudança, jogamos para o fundo da caverna que Platão descreveu em sua alegoria – O Mito da Caverna, a nossa gente e a evolução humana como grupo social.
Façamos a nossa revolução humana pessoal para transformamos o futuro da humanidade.
*Augusto de Vasconcellos Dias é advogado, especialista em Propriedade Intelectual. CEO da AE Internacional Marcas e Patentes. Presidente da Comissão de Propriedade Intelectual do Instituto dos Advogados do Estado de Santa Catarina (IASC). Presidente da Fundação Unitas. Secretário Coordenador do NUSE – Núcleo Multissetorial de soluções Empresariais, da ACIF – Associação Comercial Industrial de Florianópolis. Colaborador da revista Ambiente Legal. Twitter: http://@augustodias.