A construção civil é uma das atividades humanas apontadas como uma das principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. O setor não somente consome um volume enorme de recursos naturais e energia, como gera uma quantidade ainda maior de resíduos.
E a fabricação de tijolos está entre os grandes problemas desse mercado, então, qualquer novidade mais sustentável é sempre bem-vinda.
Um grupo de estudantes do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), em São Paulo, desenvolveu um tijolo ecológico. “Ele é composto de cimento, solo arenoso e água, apenas”, explica Gabriel Cattaruzzi, presidente do grupo Enactus Mauá, responsável pelo projeto. “Este tipo de tijolo é ecológico pois não vai para o forno como o convencional, evitando a emissão de gás carbônico para a atmosfera e a queima de lenha para sua cura”.
Ainda segundo Cattaruzzi, o tijolo tradicional utiliza a argila, que é retirada de mananciais, provocando impacto no meio ambiente. Outra vantagem do produto inovador criado pelos jovens alunos (todos na faixa dos 20 anos) seria a redução do tempo da obra, já que ele facilita o nivelamento porque não necessita de argamassa para assentamento.
Entretanto, uma das faces mais bacanas do projeto é a que contempla a inclusão de ex-moradores de rua para a sua produção. A ideia é dar trabalho e oportunidade para pessoas marginalizadas. Atualmente o grupo está realizando um treinamento de capacitação com elas para o processo de fabricação do tijolo.
“Ainda não temos um local para alocar a fábrica. Estamos em busca de um galpão na região do ABC (paulista), que atenda as legislações necessárias. No momento, estamos produzindo no próprio lar onde os ex-moradores de rua vivem, por enquanto, com caráter educativo”, diz Cattaruzzi.
O estudante do curso de Engenharia Civil ganhou, em agosto, o Prêmio Universitário do Ano KPMG, após concorrer com mais de 50 candidatos de todo país. “Ganhar o prêmio foi muito gratificante, pois ele sintetiza todo o esforço que depositei ao longo desses quase três anos, trabalhando muito para o desenvolvimento das comunidades que atendemos e buscando o crescimento da nossa equipe”, comemora.
Num país assolado por más notícias e atos de corrupção, projetos como este são um alento e mostram como, apesar de tudo, muitos brasileiros trabalham e lutam por um Brasil melhor!
Por Suzana Camargo
Fonte: Conexão Planeta
SE ELE CRIOU ISSO, AS FABRICAS QUE JA FAZEM ESSE MESMO TIJOLO DESDE 2005 QUE TEM SUAS MEDIDAS DENTRO DAS NORMAS ABNT, FIZEREM OQUE COPIARAM DESSE ALUNO???
https://www.alroma.com.br/a-alroma
Alroma iniciou no ramo de tijolos ecológicos em 2005, produzindo de uma maneira artesanal utilizando o maquinário existente no mercado: betoneira, triturador, peneira e prensa manual. Quem integrava a equipe era: Rogério Restelli, Deomir Restelli, Alex Restelli, Marcelo Restelli e Lourdes Restelli, além de outros 2 colaboradores contratados. No mesmo ano realizamos nossa primeira obra, que pode ser visitada até hoje no terreno da nossa fábrica, em Palmas (PR). Milhares de tijolos foram descartados até atingirmos uma qualidade ideal para comercialização, investimos muito tempo e dinheiro em pesquisa sobre a matéria prima