É possível prever o Futuro?
–‘Não, ninguém consegue prever o futuro, mas é perfeitamente possível explorá-lo!’ responde Paulo Gianolla, Futurista e Consultor de Design e Inovação como cultura e Estratégia com a utilização da abordagem Design Thinking. Ao prospectar Futuros e mapear tecnologias, formando conexões em busca de insights criativos sobre um Futuro que emerge, gerou um artigo publicado no final de agosto passado no qual descreveu de forma muito direta, como poderia ser a próxima internet, o Metaverso, esse novo ‘ambiente’ de interação, conforme posteriormente descrito por Mark Zuckerberg em 28 de outubro, quando do anúncio da nova marca da empresa que controla Facebook, Instagram, Whatsapp e Oculus, que passa a se chamar Meta, com investimentos e desenvolvimento de tecnologias num esforço de combinar realidade aumentada e virtual.
O artigo – com o link no final desta publicação– foi inicialmente postado em sua página na rede Linkedin, e dias depois republicado a pedido da direção do site Futurotopia, focado em Futuros, nessa forma mesmo, no plural, pois sempre são mais de um, como explica:
“No mundo atual, repleto de complexidade, caos e contradição, onde a incerteza é a única certeza, pensar no futuro é tão importante que as maiores empresas ao redor do mundo, assim como a maioria dos governos do G20, possuem equipes especializadas em pesquisá-lo, utilizando como mentoria no planejamento estratégio para a sustentação de políticas e negócios. Estadistas planejam atuações geopolíticas e sociais com a visão projetada para muitas décadas.
A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, considera Futuro alfabetizável, pois ao exercitarmos o pensamento futuro, podemos criar em nossas crianças e jovens verdadeiros portais para a mudança, saindo assim do ciclo de repetições de histórias familiares de imobilidade social, econômica e cultural, como ações têm demonstrado.
“O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando”. Antoine de Saint-Exupéry – 1900 / 1944.
O Futuro não existe ou muito menos é uma repetição do passado, mas não é um espaço vazio e assim como o passado, um aspecto ativo do presente. Não existindo, seja daqui a pouco ou mesmo em anos, ele é criado a cada momento, e por isso mesmo temos o poder de escolha se participaremos dessa criação ou não.
O Futuro é construído hoje, e só existem dois tipos de pessoas no futuro, os que constroem o seu futuro e os que dependem de aceitar futuros impostos por outros, o Futuro Colonizado.
Além de pensar o futuro, torna o presente mais cuidadoso, nos faz considerar passos, etapas, implantando um processo para alcançar o futuro desejável, onde é necessário enfrentar os problemas hoje e agir com intenção deliberada, rumo ao seu próprio futuro. Portanto, o seu passado não define seu futuro, mas a boa compreensão do passado serve como aprendizado para no mínimo não repetir no presente, os eventuais erros de trajetória percorridos.
Ninguém pode efetivamente prever o futuro, e essa não é a pretensão, mas apenas formar uma orientação flexível, para que possa ajustar à medida que se avança, evolui e aprender mais, corrigindo eventuais mudanças de rumo, pensando construtivamente sobre o futuro.
O futuro é um recurso que podemos empregar, e os futuristas observando os sinais, nas questões emergentes antecipando alguns possíveis impactos e implicações, acreditam que indivíduo, grupos, corporações e nações podem tomar ações no presente que ajudarão a determinar o futuro, pois o futuro é prático, não teórico.
O Futuro é mapeado por ferramentas científicas e assim sugere vários futuros possíveis, geralmente na forma da composição e exploração de “cenários” como possibilidades, como placas de sinalização indicando o rumo, ou ainda na contação de histórias sobre o futuro.
Uma vez que o futuro é imprevisível é possível usar a aleatoriedade como estratégia, desafiar nossas suposições, observando a maior quantidade de dados, padrões de plausibilidade, mudanças e perspectivas do mundo, oportunidades e risco, ajuda a tomar melhores decisões e medidas.
Quando monitoramos nosso futuro, fazendo o que está ao nosso alcance, aprendemos a respeitar o imprevisível, abandonando a falsa ideia de controle, observando continuamente os sinais, respeitando a antecipação e agindo com discernimento à medida que eles ocorrem, combinando um plano flexível com gatilhos de atuação, podemos sair do futuro plausível reativo, imaginar o futuro desejável, inovador e abundante, e realizar o futuro possível.
Arthur C. Clarke dizia que o futuro começa com as visões que criamos em nossas próprias mentes, ao escrever o artigo citando o Metaverso, a próxima internet, e em 3D, sobre sinais já mapeados por tantos outros futuristas e com tecnologias consideradas próximas, o objetivo não era discutir tecnologia, com a qual fiz interconexões apenas, não é meu foco de estudos, tecnologia é meio e não fim, pode ser boa ou não, depende apenas como a utilizamos, meu objetivo era visualizar e transmitir mudanças contextuais e comportamentais, essas sim, de verdadeiro impacto para a humanidade.
O Futuro é um processo de forças conectadas, e mais do que falar, ‘prever’ ou supor, criá-lo é o destino do ser humano.
Future-se!”
[METAVERSO] Como me preparar para o Futuro?
Por Paulo Gianolla*
Uma das formas é olhando os sinais! Por exemplo, Facebook lançou oficialmente em 20 de agosto de 2021 o Horizon Workrooms, uma plataforma on-line cujo objetivo é a realização de reuniões de equipes em Realidade Virtual (VR), com os participantes sendo representados por avatares, nesse início por simpáticas figuras com aparência de vídeo game.
Uma das formas é olhando os sinais! Por exemplo, Facebook lançou oficialmente em 20 de agosto de 2021 o Horizon Workrooms, uma plataforma on-line cujo objetivo é a realização de reuniões de equipes em Realidade Virtual (VR), com os participantes sendo representados por avatares, nesse início por simpáticas figuras com aparência de vídeo game.
E para além da aparência, por que devemos prestar atenção nesse lançamento?
Simplesmente porque o nosso futuro estará lá, é o primeiro passo para o Metaverso, a próxima internet, num ambiente 3D e totalmente imersivo e cercado de tecnologias.
A internet hoje já faz parte inseparável de nosso dia a dia, mas nem sempre foi assim, começou timidamente com textos, depois imagens e vídeos, e atualmente com interações nas Redes Sociais e com o uso de nosso smartphones, expandiu e popularizou. Se a primeira fase da internet foi marcada como um Repositório de informações e alguma comunicação com e-mail apenas, demorando até um pouco para gerar interesse, a segunda fase foi representada pela melhoria da interface com a Produção de conteúdo, seja em blogs autorais ou vídeos, evoluiu para a atual definida pelo Compartilhamento, e na futura com a constância do 5G, será marcada pela Imersão!
E como me encaixo nesse novo mundo, como meu negócio, atividade, estudo ou lazer será em breve? Essa é a pergunta que precisamos fazer e nos preparar para a verdadeira revolução comportamental num mundo 3D virtual compartilhado, interativo e colaborativo, o caminho definitivo para a imersão e fusão do meio físico e digital, o figital, já sem conseguir fazer a distinção, será um mundo completamente diferente, um ecossistema.
Nossa relação com esse aglomerado de mundos pelo uso de Realidade Virtual e Inteligência Artificial, mudará o consumo nos canais de compra, nas indústrias e projetos colaborativos em design e criação com uso de “digital twins”, prototipagem e simulações de fábricas do mundo real antecipando e melhorando produtos, ou ainda em ambientes educacionais ou de lazer, imagine visitar museus ou cidades, ou assistir uma partida do seu esporte favorito como se estivesse no local, com a Realidade Aumentada e a evolução dos efeitos gráficos, com a sensação proporcionada pela ultra definição das imagens, será como um verdadeiro teletransporte, acabando com fronteiras físicas e geográficas, inclusive ter sensações táteis com equipamentos vestíveis como luvas hápticas, sensoriais, potencializando a interação, coisa que uma reunião virtual numa tela 2D que agora ficou comum forçada pela pandemia, não proporciona.
Só ai, algumas novas atividades e profissões já surgem, como construtores de ambientes virtuais, sejam para aluguel de salas virtuais ou para a construção específica de ambientes particulares, corporativos ou comerciais, para ‘reunir’ colaboradores ou clientes.
O Metaverso promete ligar mundos diversos e reforçar o entrelaçamento humano com ligação definitiva com as máquinas, Robots e muita IA. Os próprios Robots serão treinados lá com muito mais segurança, e nós humanos, seremos cada vez mais exponenciais em nossas capacidades, atingindo novos e até então impensáveis universos.
Imagine só as possibilidades que a interatividade e colaboração vão proporcionar e prepare-se.
Future-se!
Linkedin 24Ago2021- Como me preparar para o Futuro?
Futurotopia 27Ago2021- [METAVERSO] Como me preparar para o Futuro? –
*Paulo Gianolla – Consultor de Inovação e Liderança Exponencial. Atua na implementação do Design como Estratégia e Cultura de Inovação na Educação Corporativa para a Liderança Exponencial & Empreendedorismo, envolvendo neurociências, cognição, aprendizado e processos criativos, métodos ágeis e híbridos, e em evolução de AI (Inteligência Artificial, ou melhor, Aumentada, como prefiro me referir) e implantação de IoT (Internet das Coisas). Facilitador em Prospectiva, estudos de cenários Futuros e Desejáveis – https://www.linkedin.com/in/paulo-gianolla/
Fonte: Linkedin e Futurotopia
Publicação Ambiente Legal, 02/11/2021
Edição: Ana A. Alencar
As publicações não expressam necessariamente a opinião da revista, mas servem para informação e reflexão.