Em geral, a palavra geoprocessamento é utilizada para aglutinar um conjunto de tecnologias capazes de coletar, tratar, analisar e disseminar informações georreferenciadas que permitam o desenvolvimento constante de novas aplicações. Porém, a inteligência geográfica é mais do que apenas geolocalização.
Dessa forma, geoprocessamento pode ser entendido como instrumento de potencialização para análises, estudos, pesquisas e decisões que exijam inteligência e visão geográfica. É um ferramental cognitivo que habilita aquele que o utiliza a tomar melhores decisões e mudar o curso dos acontecimentos1 .
Dentro desse grupo de tecnologias podemos citar os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), a infraestrutura para Sensoriamento Remoto, o Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) e o Open Geospatial Consortium (OGC)2 , um consórcio internacional contendo mais de 500 empresas, agências governamentais, organizações de pesquisa e universidades imbuídas em tornar as informações e serviços geoespaciais localizáveis, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis.
O geoprocessamento implica na organização das informações georreferenciadas em camadas, sobre plano cartográfico, possibilitando o uso e a produção de informações geradas a partir do cruzamento de dados das mais variadas fontes e formatos. A manipulação dos dados pode ser potencializada a partir da construção de modelagens estatísticas que permitam a realização de testes, validações, modelos de superfície ou a diagramação de bacias hidrográficas, por exemplo.
As tecnologias de geoinformação são capazes de dar suporte aos mais diversos tipos de segmentos, sejam eles governamentais, empresariais, sociais e ambientais, como partidos políticos, organizações da sociedade civil (OSCs e ONGs), construtoras e incorporadoras, universidades, estudantes, pesquisadores, cooperativas, empresas de limpeza pública e saneamento básico, institutos de pesquisas, mídias (imprensa em geral), consultorias jurídicas e socioambientais, negócios agrosilvopastoris e empresas de turismo.
Outro aspecto que mostra a importância da abordagem espacial é a quantidade de informação em formato de mapa exigida nos processos de licenciamento ambiental, regidos por legislação e procedimentos próprios e específicos de acordo com a atividade do empreendimento e o local de implantação. Alguns exemplos dos principais estudos ambientais exigidos pelos órgãos ambientais são o PBA, RAS, RCA, PCA, e EIA/RIMA.
As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como, todas as consequências socioambientais de sua implementação, conforme disposições resolutivas de órgãos reguladores. Nesse sentido, as ferramentas de geoprocessamento disponíveis viabilizam a elaboração dos processos de licenciamento ambiental contando com a organização de informações dos meios físico, biótico e socioeconômico, exemplificados nos mapas geomorfológicos, relevo, hipsometria, pedologia, declividade, drenagens e nascentes, áreas de preservação, uso e ocupação do solo.
Já a geocodificação é uma vertente muito demandada em geoprocessamento, implicando ao mapeamento de eventos a partir de dados de endereçamento (logradouro, número, bairro, cep, município, UF). Em suma, geocodificação é a obtenção de coordenadas geográficas para representação em plano cartográfico ou mapas ilustrativos com foco em comunicação, destacadamente à geração de dados e indicadores a partir de operações e análises espaciais para compor relatórios técnicos, estudos e pesquisas acadêmicas.
Com o crescente uso da informação geográfica, a partir dos celulares e outros dispositivos móveis com GNSS (GPS, GLONASS, GALILEO, BEIDOU etc), o termo geocodificação, de uma forma mais ampla, pode ser atribuído à todo processo que possibilita a transformação de ‘pontos’ em objetos espaciais, portanto, em informações geográficas, permitindo dessa maneira, a geração de rotas, cálculos de distância, geração de matrizes de vizinhança, entre muitas outras centenas de possibilidades.
É antiga a busca às respostas seguras para as seguintes perguntas: quais são os melhores lugares para implantar um empreendimento? Onde posso implementar um novo estabelecimento comercial ou expandir minha área de atuação?… O geoprocessamento ajudará a respondê-las lastreado por conceitos de geomarketing, onde informações geográficas existentes e produzidas, a partir do cruzamento espacial de dados relevantes para a temática, permitam mensurar e comparar dinâmicas urbanas do ponto de vista empresarial e governamental, a fim de traçar um perfil de público-alvo e potencializando a construção de indicadores territoriais, respaldando as ações de planejamento estratégico e tomadas de decisões, compondo assim, robustos estudos de viabilidade para implantação de novos empreendimentos, negócios e equipamentos públicos.
Muitas ações, análises, estudos, pesquisas e até mesmo negócios são paralisados ou mesmo obstruídos pelo desconhecimento sobre as ferramentas de geoprocessamento e o potencial existente nas informações, em muitos casos, já produzidas pelo próprios atores envolvidos.
Instituições renomadas já contam com disciplinas como “Geoinformação e Geomarketing”, “Bases de Dados Geográficos”, “Exploração de Dados Geográficos” e “Estatística Espacial” em suas grades curriculares3. Ano após ano as aplicações das tecnologias de geoprocessamento tem apoiado o desenvolvimento de sociedades que necessitam planejar e implementar algum tipo de projeto.
Preocupada em suprir a demanda por profissionais técnicos em geoprocessamento e auxiliar na consecução de uma ampla gama de projetos nasce a Output GEO, uma empresa que conta com uma equipe técnica com mais de dez anos de atuação no mercado socioambiental.
A Output GEO está focada no suporte em geoprocessamento aos mais diversos segmentos e tipos de negócios, capaz de auxiliar em projetos das mais variadas temáticas: gestão integrada de resíduos sólidos, fiscalização e processos de auditorias, organização de bases cartográficas em projetos REDD, licenciamento ambiental, Cadastro Ambiental Rural, amazônia, mudanças climáticas, saneamento, agricultura orgânica, segurança alimentar, empreendedorismo socioambiental, recursos hídricos, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre outros. Se quiser saber mais, entre em contato conosco através do endereço eletrônico https://www.outputgeo.com/ .
Notas
Fonte: OutPutGeo
Publicação Ambiente Legal, 22/07/2021
Edição: Ana A. Alencar
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