A polarização mundial entre Globalistas e Soberanistas
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*
O Brasil está no cerne de uma disputa geopolítica mundial, assimétrica, com forte viés econômico e profundo impacto cultural. Trata-se do embate entre globalistas e soberanistas.
Esse embate sucede em escala a antiga guerra fria – entre socialismo e capitalismo, e ganha contornos complexos na medida em que o design dominante dessa nova polarização entre globalistas e soberanistas é marcado pelo fenômeno econômico e cultural da globalização.
Este artigo pretende compreender o processo histórico e a dimensão do conflito, diferenciar posturas e apontar riscos.
A Globalização
A globalização é fruto da evolução econômica da humanidade. A demanda por recursos econômicos obrigou sistemas civilizatórios hegemônicos a se expandirem para outros continentes, tornando mais complexa a estrutura política de gestão, ampliando as escalas de valores éticos, étnicos e culturais.
A globalização revolucionou as escalas comerciais, a troca de conhecimentos e a forma de gestão dos Estados Nacionais. O fenômeno, por óbvio, estendeu os espaços de ação geopolítica para os limites do planeta e já arranha, hoje, o cosmos.
O fenômeno evoluiu economicamente ao longo dos séculos, do mercantilismo para o capitalismo financeiro, cuja contínua sofisticação é retroalimentada pela própria riqueza auferida e distribuída nas escalas macro e micro econômicas.
De fato, as navegações expandiram consideravelmente o mercado e a cultura mercantilista, integrando culturas, e firmando a hegemonia econômica eurocêntrica no processo de colonização intercontinental. Os bancos, por sua vez, constituíram a reserva de capital do Estado Liberal no Século XIX, formaram a alavanca financeira do Estado Provedor no Século XX e hoje residem no centro nervoso do Estado Regulador do Século XXI.
Globalização é cosmopolita, não globalista
O cosmopolitismo é marca cultural da globalização, envolve o respeito à humanidade como valor universal (daí o termo cosmos na raiz etimológica do termo), com todos os conflitos e contradições que possam advir desse processo.
A cultura cosmopolita abrange o conflito entre globalistas e soberanistas, portanto, de forma equânime, incluso suas contradições.
O viés cosmopolita avançou do renascimento à comunicação digital e foi impactado pelos conflitos de afirmação dos Estados Nacionais, do Século XVII ao Século XIX. Implicou na ascensão e queda das monarquias absolutistas, entre os séculos XV e XX, avançou exponencialmente com a revolução industrial e a introdução dos regimes liberais, entre o Século XVIII e XX, enfrentou o fenômeno das revoluções sociais e ideologias totalitárias supranacionais, no SéculoXX e navega pleno com o surgimento dos grandes blocos econômicos e intercomunitários.
Hoje, o viés cosmopolita sofre com os impactos disruptivos da informação interativa, transmitida em tempo real pelo ciberespaço, modulada pelas redes sociais, com profunda interferência dos sistemas de Inteligência Artificial. Com certeza, os algoritmos tornaram-se arma no conflito entre cosmopolitização, soberania e globalismo. Podem tutelar a tolerância entre diferentes e preservar o pluralismo e a diversidade – marca registrada do cosmopolitismo. Podem, porém, distorcer tudo isso.
No campo da evolução política, a globalização demandou nova tecnologia de tutela dos conflitos, que hoje envolve uma progressiva internacionalização da defesa de interesses estratégicos sobre recursos de interesse comum. E o vetor cosmopolita é parte integrante da manutenção dos sistemas democráticos na resolução dos conflitos.
Os conflitos foram influenciados pelo fenômeno da comunicação globalizada e vulgarizada em rede social, bem como pelas demandas de autonomia, participação e inclusão – vetores difusos presentes em cada processo decisório envolvendo segmentos populacionais. O fenômeno desfigurou até mesmo o perfil estratégico de defesa dos Estados Nacionais – quando não deformou o sentido cosmopolita no trato entre minorias e senso comum.
A tecnologia de tutela de interesses difusos, intrinsecamente conflituosos, demanda postura plural e democrática, fortemente apegada a uma visão cosmopolita do mundo. Porém, em mãos globalistas, ela se deteriora, como adiante se verá.
Mudança dos parâmetros de gestão
Na governança de Estado, os mecanismos de gestão dos regimes representativos de governo, passado todo o processo de cosmopolitização, parecem não mais funcionar. Daí a crescente demanda por mecanismos participativos de gestão, e controle social mais efetivo no fluxo decisório.
Por sua vez, a conflituosidade intrínseca dos interesses envolvidos é caracterizada pela assimetria – de complexa compreensão e dimensionamento estratégico.
No campo do direito, firmou-se o reconhecimento dos chamados interesses difusos, cuja conflituosidade intrínseca redefine os contornos dos direitos civis, dos direitos individuais e coletivos, e do direito público – dentro e fora dos Estados Nacionais.
As demandas relacionadas à globalização envolvem reivindicações por autonomia, por participação nos mecanismos de decisão dos Estados, submissão das corporações econômicas a critérios harmônicos de governança, preocupações ambientais, identitárias e de inclusão social face ao crescente apartheid tecnológico.
Daí a crise hoje observada nos sistemas representativos e os conflitos crescentes de identidade na divisão tradicional dos poderes executivo, judiciário e legislativo. Esse conflito exigirá dos líderes visões bem definidas do papel dos Estados Nacionais e capacidade de enfrentamento da governança nas crises de ruptura institucional.
A Nova Ordem Mundial
A integração econômica e o intercâmbio cultural e social, incrementados pelas novas tecnologias de comunicação e mobilidade, consolidaram o processo de globalização, com grande efeito nos campos político e jurídico.
É fato que a globalização da economia propiciou picos de grande desenvolvimento, intensa urbanização, intercomunicação, acesso a bens de consumo e estruturas de bem estar em escalas literalmente globais.
Essa integração econômica, contudo, não foi e não é sinônimo de desenvolvimento universalizado entre os países. Segue uma ordem histórica de redistribuição de processos de produção e consumo de bens e serviços mundo afora – e mantém hierarquia internacional concentradora, que não se preocupa de fato em reduzir desigualdades sociais e regionais.
Há diferenças aparentemente sutis, por conta do comportamento camaleônico das forças globalistas no bojo dos processos de globalização. A verdade, porém, é que esse processo de “incorporação” globalista resulta em distorções estratosféricas.
Senão vejamos:
A queda do muro de Berlin modificou, é certo, a bipolaridade geopolítica da guerra fria, entre socialistas e capitalistas, introduzindo uma “uni-multipolaridade” em um mundo movido pela economia de mercado – uma Nova Ordem Mundial – NOM, com diversos polos de poder.
Essa nova ordem ocorreu sob tutela militar dos Estados Unidos da América. Hoje, porém, é firmemente conduzida por grandes cartéis financeiros, dissimulados nos blocos econômicos – os quais fazem uso da “gendarmeria” que lhes couber à mão, de cibermídias a organizações não governamentais e entes multilaterais, incluso a própria ONU.
Os grandes cartéis financeiros e de branding (multimarcas – que avançam do agronegócio ao mercado de armas), formam os dedos visíveis da “mão invisível” da economia de mercado global. Com a NOM, os cartéis migraram seus quartéis generais, do setor produtivo para o financeiro. Comandam tropas a partir dos centros de controle dos fundos de investimento, bolsas, bancos, fintechs e meios desbancarizados.
No campo político, os cartéis se reorganizaram ideologicamente – absorvendo métodos e conceitos culturais pseudo-progressistas, que lhes servem de camuflagem para dissimuladamente promoverem o mais cruel episódio de concentração econômica, monopolização, degradação dos costumes, padrões morais e exclusão social em toda a história da humanidade.
A ideia é aplicar um “marxismo cultural” visando mesmerizar as camadas dotadas de capacidade organizacional, retirando delas a possibilidade de mobilização. O caminho para o sucesso dessa empreitada passa pela quebra sistemática dos valores civilizatórios cosmopolitas – como a livre expressão, a religiosidade, a unidade familiar e a livre iniciativa.
A ideia de mesmerizar camadas da população mundial é um conceito complexo e muitas vezes associado a teorias da conspiração. Mas é preciso abordar esse assunto com sensatez. “Controlar as massas” por meio de manipulação psicológica, mídia e propaganda, é prática usual do populismo – marca do totalitarismo. Se isso pode ser feito para alcançar objetivos políticos, a condução de interesses econômicos e sociais específicos se processa até com maior sutileza. E, pior, usando o “duplipensar” orwelliano, a submissão de camadas inteiras ao poder globalista concentrado, se faz buscando apresentar o liberticida como libertário, o totalitário como democrático, o predador como protetor.
Como suporte ao processo de concentração econômica e hegemonia intelectual, a Nova Ordem Mundial “contratou”, e hoje “doutrina”, os quadros permanentes dos estamentos da Administração Pública nos Estados Nacionais e Organizações Multilaterais. Como marionetes, esses novos funcionários repetem pantomimas reduzidas a um estreito número de conceitos denominados “politicamente corretos”, dissimulando avanços antes inadmissíveis do Estado sobre a liberdade de expressão, a soberania, os costumes e vida privada dos cidadãos. Há, hoje, uma nova classe de micos amestrados, travestidos de jusburocratas ou censores da vida alheia, prontos para dançar conforme a música tocada no “realejo” cultural das corporações globalistas.
O movimento globalista que sustenta esta Nova Ordem Mundial, por óbvio, é tóxico para a globalização e mortal para o cosmopolitismo que sempre a norteou. Não por outro motivo, vários quadros advindos da elite globalista começam a tomar consciência do evenenamento e tratam, eles mesmos, de iniciar alterações no bojo do sistema toxico que os envolve.
Não se trata a NOM, de um movimento cosmopolita e, sim, de apartheid absoluto. Assumiu o establishment e dominou a mídia mainstream, impondo exclusão a título de combatê-la – daí a chamada “ditadura dos excluídos”, que lhe serve de apanágio enquanto trata de concentrar a renda e o poder econômico, cada vez mais, em mãos de cada vez menos aquinhoados.
O “marxismo cultural”, uma pantomima esquerdizóide com pitadas “progressistas”, dissimula o avanço estratosférico da concentração de renda e destruição das economias nacionais sob um discurso de permanente “MITIGAÇÃO” climática, ambiental e identitária.
Essa “mitigação” atraí responsabilidades por passivos ambientais, geopolíticos, sociais e identitários ocultos… corroendo as estruturas de Lei e Ordem dos Estados nacionais, degradando a segurança jurídica e a economia.
O anticientificismo é dissimulado com a capa do falso consenso… e a mitigação termina prevalecendo, no campo da sobrevivência do ser humano às alterações do planeta, sobre as essenciais políticas de adaptação, prevenção e resiliência. Isto porque o globalismo se impõe na cobrança, jamais na cooperação.
Surpreendido pelo choque tecnológico da internet das coisas, o movimento globalista, pleno de paradoxos, não hesita em cooptar as corporações de comunicação, incluso redes sociais, visando não mais repetir o “erro” de manter uma imprensa livre que possa denunciar os cartéis que o sustentam, como já ocorreu no passado. Em breve avançarão para modos “não consensuais” de governança política – quem sabe dispensando os instrumentos de soberania popular.
Há, destarte, uma nova aristocracia global detentora de uma hiperconcentração do poder econômico-financeiro. Essa aristocracia pode ter nacionalidade, porém, a economia que dirige é absolutamente apátrida. O capital dessa economia transita pelas infovias estacionando em sedes virtuais localizadas em vários paraísos fiscais e países desregulamentados, de forma a não produzir qualquer benefício local e facilitar a mobilização em prol de macro investimentos redundantes.
Contradições geram reação
Esse movimento globalista combate toda e qualquer economia regrada e não se interessa por mecanismos de inclusão social para além daqueles realizados filantropicamente, com as migalhas dos lucros estratosféricos acumulados.
Por óbvio que há dissimulação, mas não há como manter tamanho processo em curso à revelia da inteligência dos Estados Nacionais e opinião pública qualificada. Reações, portanto, já se fazem sentir, em escala igualmente global.
As iniciativas de combate, no entanto, por absoluta falta de estofo teórico, intelectual, descambam para uma polarização medíocre.
Combatido por uma débil camada de lideranças populistas – envolvidas em demandas de cunho nacionalista ou xenófobo, o movimento globalista contra-ataca com a cooptação do chamado “populismo de esquerda”, assumindo causas identitárias e mimetizando um comportamento cultural marxista.
Essa transformação camaleônica é propositadamente paradoxal – pois permite apresentar como “progressista” a desagregação do tecido social e a demolição das estruturas institucionais dos Estados Nacionais. Tais ações são essenciais para eliminar qualquer resistência organizada à impressionante concentração econômica produzida pelo globalismo.
Esse processo é a razão da Nova Ordem Mundial de hoje guardar muito pouco do cosmopolitismo e pluralismo de gerações passadas. Hoje, a NOM patrocina reivindicações identitárias, o rancor desagregador, o sexo transvalorado, a quebra da autoridade pública, a destruição da célula familiar e a desvalorização contínua dos valores morais. Avança também, perigosamente, na direção do “controle populacional”, sediando uma junção de sedes de laboratórios, instituições híbridas manejadas por ogros filantrópicos e organizações de saúde e de economia na Suiça, em Genebra, gerando fórmulas comportamentais, vacinas, gestões macroeconômicas e induções culturais que podem causar genocídio, democídio e redução em massa do quociente de inteligência… inoculados em nações inteiras, sob o pretexto de salvar a população. Algo como tornar efetiva e global a teoria de conspiração da esquina…
Perdidos nesse embate marginal, os populistas de ambos os polos se perderam e ainda se perdem nas crises cíclicas que causam.
Assim, o combate eficaz aos globalistas não está no populismo e, sim, no soberanismo. Esse combate restaurou a geopolítica como principal meio de condução e determinação estratégica das forças titânicas envolvidas.
Os soberanistas surgem nesse cenário de completa transformação, reagindo aos globalistas.
As forças envolvidas são tremendas, tentaculares e muito focadas – desinteressadas das trágicas externalidades causadas nas franjas desse embate.
Tampouco há preocupação, no fragor da batalha diária entre esses dois polos, com movimentos paradoxais e improváveis, que momentaneamente a eles se aliam por identidade ideológica, conforme a guerra se espraia pelo mapa mundi.
Vejamos a origem de cada um:
Os Soberanistas
Os soberanistas têm vínculo histórico com a resistência aos monopólios e cartéis, surgida na segunda revolução industrial, no século XIX. Também fincam suas bases na luta pela independência dos estados soberanos contra as corporações multinacionais, no esforço aliado de guerra contra as pretensões hegemônicas e totalitárias do Nazismo e também do Socialismo.
Soberanistas combatem firmemente as pretensões hegemônicas da Nova Ordem Mundial e identificam claramente os efeitos tóxicos do globalismo no campo ideológico e cultural.
A lei Anti-Truste norte-americana de 1890, a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, a queda do Muro de Berlin e a retomada do discurso conservador na política ocidental formam marcos referenciais para a luta dos soberanistas.
O Senador Sherman e o Presidente Ted Roosevelt, na passagem dos séculos XIX e XX, garantiram a livre concorrência entre as empresas nos Estados Unidos batalhando duramente contra os trustes, evitando que grupos econômicos se tornassem suficientemente grandes para ditar as regras no mercado em que atuavam.
John D. Rockefeller (que chegou a refinar 84% do óleo americano), foi o maior símbolo da concentração nociva do Capital no final do Século XIX. Apelidado por Roosevelt de “inimigo número 1 dos Estados Unidos”, era conhecido por seus pares como “açambarca e devora” (engulfs & devours). Rockefeller foi um profícuo “branding leader” – um colecionador de marcas. Chegou ao “estado da arte” de desvirtuar a invenção de Diesel (que preconizara um motor potente à base de biocombustível), obrigando-o a substituir o óleo vegetal pelo petróleo refinado.
A sociedade organizada, instituições conservadoras e a mídia livre norte americana foram decisivas na denúncia do “império dos trustes”, levando o presidente Theodore Roosevelt a ajuizar processo contra a Standard Oil Co., acusando-a de práticas monopolistas. Processado pelo governo, Rockefeller foi obrigado a vender parte de seu império para se adequar à lei. Embora a venda das empresas tenha gerado enorme lucro, o desmonte do truste representou o império da lei contra a concentração econômica nos EUA.
Anos depois, foi a vez dos frigoríficos e das indústrias de laticínio de Chicago, expostos à execração pública por conta das péssimas condições de trabalho dos seus operários. O clamor foi tamanho que o governo federal foi constrangido a adotar o Food Drug Act e, depois, um sistema federal de fiscalização sobre as fábricas de alimentos. Esse movimento foi o início do ambiente de regulação tal como hoje conhecemos nos setores econômicos de interesse público.
Tornou-se claro que o domínio econômico sobre um ou vários setores equivaleria sempre à exploração econômica e lesão a cidadãos e governos de países livres. Assim, a heroica resistência popular aos monopólios passou a constituir a razão de ser da grande expansão econômica e das oportunidades ocorridas no Século XX.
Essa heroica resistência do passado hoje se renova na figura dos soberanistas contra a Nova Ordem Mundial, e atinge patamares políticos relevantes. São soberanistas que denunciaram a lassidão política que permitiu, por exemplo, o avanço do radicalismo islâmico em solo laico e cristão europeu. São os soberanistas que combatem a nova onda de cartelização e concentração econômica representada pelos gigantes da comunicação digital – os quais transformaram usuários em números para orientar políticas de consumo e produzir campanhas de massa.
A queda do Muro de Berlin, por outro lado, representou a destruição do regime socialista soviético. Dos escombros do sistema surgiu uma nova Rússia que surpreendentemente não se deixou levar pelas hostes globalistas europeias, como se previa nos anos 1990, precedendo o ocidente na adoção da linha de defesa da soberania.
Segundo o estrategista russo Sergei Karaganov, “a Rússia foi basicamente bem sucedida na política externa e fez uso das ondas históricas: a renacionalização, a soberanização, a reação negativa à globalização em quaisquer sociedades e o crescente papel do fator militar. A soberania, a prioridade das questões de segurança e os valores tradicionais estão novamente em voga”.(*)
O risco soberanista reside no populismo protofascista, que “surfa” na mesma onda, e dissimuladamente propaga valores democráticos que de fato não segue. Isso pode destruir o movimento.
Os Globalistas
Após sucessivas crises econômicas, que demandaram ajustes da globalização, em especial as ocorridas na década de 1970 – com a desregulamentação do sistema monetário internacional e dois choques petrolíferos – os países industrializados travaram seu crescimento e submeteram-se aos bancos, os quais – cartelizados, aparelharam e dominaram a condução econômica e fazendária dos Estados Nacionais. Fizeram-no nomeando asseclas para os bancos centrais e adquirindo os bancos estatais nas reformas econômicas dos países em crise.
Esse movimento resultou em um desastre econômico sem precedentes. Os cartéis financeiros – donos do sistema, passaram a dominar os fundos de investimento e dar aval para fundos soberanos, envolvendo-os em uma febre de lucros especulativos. Essa febre fez o capital especulativo viajar de um país para outro, gerando expectativas e recessões – denominados fundos abutres, promovidos por conhecidos mega-investidores.
Fundos abutres cresceram comprando ativos e pulverizando-os no mercado, transferindo, então, a produção para países com mão de obra de baixo custo. Essa ação provocou desindustrialização em massa e estimulou hipercrescimento do mercado de serviços. O efeito foi a desvalorização das profissões intelectuais e a exclusão implacável da mão de obra braçal.
Com a automação industrial e a universalização digital cartelizada, o desemprego forçou o crescimento do mercado informal a níveis alarmantes e estimulou atividades clandestinas e criminosas, em especial o tráfico de drogas – igualmente cartelizado.
As bolhas especulativas, dentre elas as dos derivativos, que explodiram em 2008, criaram uma enorme crise sistêmica, seguida de depressão.
Esse inferno traduz a Nova Ordem Mundial, implementada pelos globalistas.
Os globalistas não saíram de cena com as crises – afinal já estavam postados na direção dos organismos políticos de controle financeiro das grandes potências, de maneira que conduziram os Estados Nacionais a produzirem o mais custoso socorro a instituições bancárias da história mundial, uma brutal transferência de fundos com os quais mantém sua ação nefasta de buscar hegemonia em escala global.
Os bancos cartelizados sobreviveram para apoiar o incremento dos cartéis no setor da produção e distribuição. A esse fenômeno deu-se o nome de “branding”, dissimulando a monopolização dos mercados com a compra de marcas, provocando concentração econômica como nunca antes vista na história da humanidade.
O discurso “moral” da Nova Ordem Mundial
Inteligentemente, os globalistas aproveitaram a queda do Muro de Berlin para se apropriarem do duplipensar e da novilíngua orwelliana, até então praticada pela intelectualidade bancada pelo bloco socialista.
Denunciada por Jorge Orwell em sua obra “1984”, a apropriação da verdade praticada pelos sistemas totalitários pressupunha o esgarçamento de valores morais, a falência da unidade familiar e o descrédito das formas tradicionais de associação civil, massacradas por uma nova estética neurolinguística e por uma ética cultural intelectualmente desonesta e decididamente hipócrita.
O jogo de máscaras tem uma razão de ser. Afinal, os globalistas anotaram que a ação “crítica” da esquerda marxista continha um componente tóxico, perverso e muito eficaz – não, obviamente, para provocar uma revolução socialista mas, sim, para degradar a organização social das nações civilizadas, no regime capitalista.
A degradação tem a função de desmobilizar a sociedade civil organizada dos Estados Nacionais. De fato, a dominação econômica pelas grandes corporações não pode ser questionada eficazmente, como de fato hoje não o é, quando países têm sua soberania relativizada, as sociedades se vêem esgarçadas no seu tecido social, as organizações se perdem em conflitos fratricidas por ressentimentos e rancores identitários, a moral sucumbe à corrupção, a cultura é reduzida a uma massa vulgarizada de comportamentos medíocres e o comportamento é estandardizado por um discurso hipócrita tido por “politicamente correto”.
Sociedades esgarçadas sobrevivem de migalhas de atitudes identitárias ou de pura restrição econômica a atividades setoriais – tragédias que em nada abalam a concentração de renda e a dominação das estruturas de governança por uma elite podre e desprovida de freios morais.
Essa é a realidade do núcleo duro dos globalistas, que portanto, não devem ser confundidos com o fenômeno da globalização mas, sem dúvida, parasitam esse processo para financiar uma sociedade fake, enquanto acumulam lucros estratosféricos.
O chamado “marxismo cultural” advém desse movimento de apropriação do discurso esquerdista para finalidade diversa.
Negado insistentemente pelos globalistas, o “marxismo cultural” foi urdido a partir da instalação dos próceres da Escola de Frankfurt, no pós-guerra, na Universidade de Colúmbia, nos EUA, de onde articulou-se o discurso libertário-liberticida da “contra-cultura”, da ideologia de gênero e da estética do politicamente correto – posteriormente exportado para Sorbonne e então, dissimuladamente foi sendo apropriado pelos populistas de esquerda dos três continentes americanos , como uma droga cultural de rápido consumo. De tal forma que hoje essa massa disforme pretensamente ideológica é utilizada para produzir militontos em larga escala, no sistema de “madrassas” que hoje substitui o ensino público na América Saxã e Latina.
Nada, portanto, se deu por acaso. Pelo contrário, ocorreu da forma mais capitalista e burguesa que a elite globalista poderia imaginar.
Globalização e globalismo e a reação conservadora
Se a globalização econômica implica na ampliação do livre comércio e na adoção da livre iniciativa, o globalismo, por ser concentrador, é suportado sobretudo pelos burocratas, apoiados por governos idiotizados.
No globalismo, a burocracia instalada nos estados e nos organismos multilaterais, busca produzir expedientes de cunho intervencionista, a começar pelo policiamento dos costumes e culturas. Não a toa pululam na sanha legiferante globalista decisões arbitrárias de cunho identitário, liberticida, abolicionista (como a descriminalização das drogas), de censura à livre manifestação de opiniões contrárias à política de costumes imposta, de perseguição a atividades privadas e de desestímulo à produção intelectual “não conforme” ao código “politicamente correto” baixado pelo establishment.
Se a globalização é um fenômeno cosmopolita, o globalismo é hegemônico. Enquanto prega o culto à diversidade, restringe a tolerância ao núcleo de opções adequado á sua política de estandardização cultural.
Assim, o globalismo ignora diferenças e costumes nacionais da mesma forma que despreza a soberania e o controle territorial do Estados nacionais.
Mas sempre há o limite e sempre ocorre o improvável. Nesse sentido, à medida que os globalistas não conseguem mais dissimular suas condutas toxicas por meio do chamado marxismo cultural, as máscaras caem e o povo se rebela.
O embate geopolítico
Cansado de não ter mais voz ativa no próprio país, o eleitorado norte americano reagiu ao establishment e elegeu Donald Trump.
Seguindo uma muito bem bolada estratégia eleitoral, os soberanistas surfaram na onda de descontentamento com a desindustrialização adotado pelos governos de Clinton, Bush e Obama. Observaram, também, não haver mais tolerância para com o linguajar politicamente correto dos democratas, desgregador, vitimista e imoral.
Foi dessa forma que os soberanistas iniciaram um trabalho de formiga para defenestrar os globalistas de um poder que julgavam já consolidado na mais poderosa nação do planeta. Os globalistas, assim, caíram por arrogância, e não caíram somente nos EUA. No continente americano, os soberanistas já foram vitoriosos no Brasil, Chile, Paraguai, Colômbia, Peru e Argentina. Na Europa soberanistas foram vitoriosos na Inglaterra, Irlanda, Suíça, Áustria, Dinamarca, Polônia, Itália e Hungria.
Claro que a dinâmica política pode alterar posições no xadrez geopolítico. No entanto, vale a pena testemunhar o despregamento progressivo dos “progressistas”… do apoio popular, para buscarem seu eixo na tutela de causas “minoritárias”, com a vassalagem da jusburocracia implantada no deep state e parasitas igualmente “comprados” na mídia manstream. De fato, a judicialização e a produção de fake news e pós verdades – viraram marca registrada do progressismo.
A direita soberanista ainda ameaça sair vitoriosa na Noruega, embora a tradição norueguesa seja possuir governos minoritários. Se assim for – sobrará a França e a Alemanha em mãos globalistas.
No oriente médio, o General Abdul Fatah as-Sisi no Egito, Netanyahu em Israel, Assad na Síria e Erdogan na Turquia, embora lotados de diferenças entre si, também não comungam com o globalismo.
Na Ásia, Rodrigo Duterte implementa firme reforma nas Filipinas. Enquanto Japão hesita desastrosamente, Coréia e China jogam firme com a globalização, sem definir seu perfil.
Como em qualquer guerra sem quartel. O embate de forças não garante peremanência nas posições conquistadas, de forma que a manipulação cibernética, a guerra legal e midiática, bem como o embate do deep state contra a transparência das redes sociais, revela reveses e vitórias para ambos os lados, no decorrer do turbulento processo político e econômico travado em cada um desses países nominados – e outros que vierem a se engajar no conflito.
A Rússia, por exemplo, é palco contínuo desse conflito. País líder dentre os soberanistas, que se reergueu como player na política internacional sob o comando da dupla Putin-Medvedev, a Rússia traba batalha global no território ucraniano, envolvendo com isso o domínio no fornecimento do gás natural estratégico para a Europa.
A sucessão de conflitos bélicos, como a ocorrente no oriente europeu, poderá se ampliar e desembocar em uma ruptura em escala global.
Essa “onda”, porém, pode resultar na quebra da Nova Ordem Mundial e no desastre populista, cuja efemeridade é historicamente conhecida.
O risco da obscuridade
Essa possibilidade pode representar vantagem para soberanistas, cujas inúmeras configurações ideológicas prezam a diversidade e o pragmatismo, e não se alinham internacionalmente como fazem os globalistas.
Nessa diversidade, porém, também alinham-se ordens obscurantistas, neo-nazistas, populistas rastaqueras e xenófobas. Esse ecossistema do mal, infelizmente, costuma corroer bases civilizatórias de forma dissimulada.
Reconhecido o risco, surge a necessidade de se construir uma doutrina que diferencie o combate ao globalismo da negação ao fenômeno da globalização. Uma luta que remeta aos valores básicos das nações, e não permita que a ignorância militante os destrua a pretexto de protegê-los.
O tropeço na própria arrogância é um risco globalista e, também, próprio do populismo, que poderá arrastar com a queda também os soberanistas, os quais não construíram, ainda, uma doutrina econômica, e patinam na política.
Assim, o conflito pleno de assimetrias, permanece vivo, independente das fronteiras e independente da assunção eventual dos soberanistas à chefia de governos.
O interesse geopolítico no Brasil
O Brasil é a oitava economia do mundo. Não é, portanto, um país periférico qualquer.
Embora subjugado pelos globalistas desde sempre, com raros períodos de respiro. O Brasil busca se afirmar soberanamente – e pode fazê-lo adotando a doutrina da soberania afirmativa (**).
No mundo repleto de relativismos, expressados até mesmo em tratados internacionais, o instrumento da soberania afirmativa revela-se importantíssimo para resolução de conflitos assimétricos e legitimação territorial em guerras híbridas, envolvendo interesses de ordem difusa, nacional, religiosa e cultural.
A afirmação de soberania é, ao mesmo tempo, um contra-conceito à ideologia globalista e uma arma de reivindicação de domínio territorial face à “Nova Ordem Mundial”.
Essa afirmação deverá servir também para eliminar de vez o engajamento mundialista dissimulado, que já descredenciou o Brasil de ser escolhido membro do Conselho de Segurança da própria ONU. Os efeitos dessa mudança de postura, portanto, serão sentidos não apenas no Oriente Médio e próximo mas, principalmente, na América do Sul e central.
Pode haver um forte e simbólico efeito da mudança de atitude diplomática do Brasil junto à Organização das Nações Unidas, cuja fundação se deve também á operosa atuação da diplomacia brasileira no pós-guerra.
O Brasil encontra-se alinhado a países dominados por globalistas, mas, também, a vários outros países governados por soberanistas, visando combater a nefasta ideologia da “Nova Ordem Mundial”. Por óbvio que esse não alinhamento se faz, não sem enfrentar a duríssima artilharia da mídia mainstream comandada pelos globalistas.
O patrocínio da “Nova Ordem Mundial” explica as sucessivas invectivas do funcionalismo aparelhado da ONU contra as ações de afirmação de soberania do Estado de Israel, a pressão pelo alinhamento automático no conflito da Ucrânia, e o ataque da mídia mainstream contra as iniciativas brasileiras de ocupação racional do espaço amazônico. Explica, também, a luta do establishment mundial contra a formação de uma organização africana independente e resolutiva e a ação dúbia dos organismos ditos de “direitos humanos” – tomados por globalistas, contra ações mais efetivas para por fim à criminalidade e às ações terroristas no campo internacional.
O establishment brasileiro é súdito da “Nova Ordem Mundial”. O Brasil tornou-se, a partir da chamada “Nova República”, um grande laboratório para experimentos intervencionistas – patrocinados por organizações não governamentais, confessadamente postas a serviço dos interesses globalistas. Esse intervencionismo reflete-se na pressão internacional gerada sobre o uso sustentável de nossos recursos naturais, com destaque para o que já denominamos, tempos atrás, de “Diplomacia do Termostato”, oriunda do Protocolo de Mudanças Climáticas de Paris.
A propósito, expressa a declaração da Comissão das Nações Unidas para o Governo Global, de 1999:
“O conceito de soberania nacional têm sido imutável, por um principio sagrado das relações internacionais. É um principio que cederá lentamente e enfaticamente aos novos imperativos da cooperação ambiental global.”
Os globalistas mantém legiões de servos inoculados na jusburocracia brasileira, incluso Ministério Público e cúpula do Poder Judiciário. Não por outro motivo, em especial no campo das relações de cunho ambiental e ecológico, a troca de discurso do governo se faz urgente.
O que fazer
É preciso abandonar a postura envergonhada e defensiva até hoje adotada pelo governo brasileiro, pela atitude afirmativa de soberania, trocando o proselitismo ambientalista pela diplomacia de resultados.
O fracasso da política energética eurocêntrica, derivada do acordo “termostato” de Paris é iminente. Mas a emergência climática é fato. Não pode ser negada.
As mudanças climáticas não serão combatidas com um proselitismo que distorce a atividade científica e rotula os críticos religiosamente, com se fossem hereges. Isso revela a necessidade de sairmos do “biquíni” climático para adotarmos medidas de proteção climática que realmente tragam benefícios para a população brasileira – no campo da defesa civil e da produção de alimentos.
É preciso abandonar o principiologismo “construído” teleologicamente para ferir interesses nacionais do Brasil, e adotar princípios extraídos deontologicamente, com base na experiência reiterada com resultados comprovados.
Essa medida passa pela substituição dos doutrinadores proselitistas e baba-ovo, por cientistas e juristas realmente engajados em buscar soluções práticas e realistas para as grandes questões que envolvam a cooperação internacional e a soberania do Brasil. Eles existem, apesar do patrulhamento acadêmico efetuado pelos globalistas, aqui e lá fora.
Por fim, é necessário combater firmemente o establishment inoculado no território nacional, e isso implicará em uma batalha dura, longa, complexa e difícil, contra globalistas situados na direção dos poderes legislativo e judiciário, nas lideranças das grandes corporações públicas e privadas, nos governos estaduais e nas entidades de classe empresariais e financeiras.
O risco de rupturas institucionais deve ser, portanto, rigorosamente avaliado – isso se quisermos resgatar a dignidade da Nação e somar esforços no combate duro à Nova Ordem Mundial e seu nefasto rol de imoralidades e tragédias.
Mas essa restauração passa pela postura de Estado, pelo prestígio à ciência, pelos valores democráticos, pelo combate sem trégua ao populismo e pelo resgate do cosmopolitismo.
Aí reside o desafio.
Notas:
*- HOLLENBROICH, Elisabeth – “Uma Nova Política Externa Para a Rússia”, in “A Missão da Rússia”, org, Silvia Palácios e Lorenzo Carrasco, Capax Dei Editora, Rio, 2019, pag. 90.
**- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “Soberania Afirmativa”, in Blog The Eagle View, in https://www.theeagleview.com.br/2013/09/soberania-afirmativa-sobre-nosso.html?q=soberania+afirmativa
Bibliografia de referência:
1- BRITO, Rachel – “O que é Globalização? Entenda tudo sobre esse processo e sua influência no mundo”, in Stoodi, Dez2018, visto em 15Set2019, in https://www.stoodi.com.br/blog/2018/04/12/o-que-e-globalizacao/
2- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “A Guerra de Bolsonaro pelo Brasil – Os próximos passos III”, in Blog The Eagle View, Nov2018, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2018/11/a-guerra-de-bolsonaro-pelo-brasil-os.html
3- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “Capital, Regulação e Sustentabilidade”, in Blog The Eagle View, Maio2013, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2013/05/o-capitalismo-financeiro-e.html
4- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “A Grande Revolução Digital”, in Blog The Eagle View, maio2014, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2013/06/a-primavera-digital.html
5- PEDRO, Antonio Fernando Pinheiro – “Esquerdismo Virou Coisa de Louco” , in Blog The Eagle View, Nov2015, visto em 15set2019, in https://www.theeagleview.com.br/2015/11/esquerdismo-virou-coisa-de-louco.html
Artigo revisado em 18/01/2024
*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Fundador do escritório Pinheiro Pedro Advogados, é CEO da AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, membro do Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Vice-Presidente da Associação Paulista de Imprensa – API. É Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.
Fonte: The Eagle View
Publicação Ambiente Legal, 15/09/2019
Edição: Ana Alves Alencar
As publicações não expressam necessariamente a opinião dessa revista, mas servem para informação e reflexão.
Antônio, que poderes ou mega corporações econômicas, assim como militaristas, estariam alinhados a um e a outro bloco?
Muito bom o conteúdo desse texto, esclarece muito o entendimento dos atuais acontecimentos no mundo e no nosso brasil, uma verdeira aula de história e geopolítica macro econômica. Parabéns Dr. Antonio.
O texto é fiel e esclarecedor, frente aos desafios dos paises mais pobres em relaçao ao globalismo.
belo texto e bastante claro. queria saber data de sua produção, porque alguns dados aqui desatualizados, exemplo o fim dos soberanistas no EUA e na Argentina.
Olá, Geraldo. Agora as publicações se encontram datadas. Esse texto é de 2019. Obrigado.
Maravilhoso e esclarecedor seu texto, me abriu os olhos para tanta coisa que vemos.
Obrigada por compartilhar.
Obrigado!
Nem Globalismo e nem Soberalismo e sim Universalismo. Infelizmente a sociedade e a cultura humana estão doentes há séculos, pois os direitos e deveres não são iguais para todos e sim para uma minoria rica, gananciosa e ignorante. Infelizmente a maioria dos países ricos exploram os paises mais pobres e subdesenvolvidos como o Brasil, pois o baixo nivel sociocultural, socioeconômico, da politicagem brasileira, científico e filosófico contribuem para manter o país subdesenvolvido e colônia indireta dos países norte-americanos, europeus , asíaticos e árabes. O índice de brasileiros desenvolvidos é muito pequeno, em virtude de não haver um ensino de qualidade para a maior parte da população brasileira ( SEM ENSINO DE QUALIDADE NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO) daí a população brasileira continuará sendo subdesenvolvida e colônia indireta dos países desenvolvidos economicamente. Será que eu como professor, formado pela U.F.F./1974 , estou errado, com tudo aquilo que afirmei anteriormente! Os dez países com maior desenvolvimento do mundo e que são pacifistas, tem um índice altíssimo de ateus e agnósticos. Ei-los: Nova Zellândia, Dinamarca, Suécia, com 85%, Noruega, Islândia, Austria, Japão, Canadá, Finlândia e Eslovênia. Aos 79 anos sou sou um cientista autodidata independente, evolucionista, humanista secular ateísta, pacifista, lactovegetariano, hipnoterapeuta e cidadão do mundo, preservando o ecossistema e o habitats, enquanto não houver a extinção da especie humana no planeta Terra, tendo lançado um livro em 2005 “20 ANOS DE BUSCA… A AUTO-ANÁLISE É POSSÍVEL. UMA HISTÓRIA DE VIDA”. Lagore (Pseudônimo) e-mail lagoreresendelivro@gmail.com GOSTARIA DE AFIRMAR QUE EU SOU CONTRA “A NOVA ORDEM MUNDIAL” que é baseada nas Sociedades Secretas.