HOMENAGEM POÉTICA AOS ÍNDIOS
(19 de abril, dia do índio)
SONETO INDÍGENA
Meu povo de pele vermelha
Meu povo de pele pintada
Nada em rios sobe em árvores
Seu lar é sua mata
Tratado com indiferença
Com se fosse animal
Que se enjaula em reservas
Considerado um desigual
Não respeitam sua crença
Não se ouve sua voz
Subestimam sua inteligência
É da terra fiel brasileiro
Que se alimenta e a preserva
Dela é o real herdeiro
ETERNOS GUERREIROS
Todo dia é dia de índio
Dia de caçar e pescar seu alimento
Dia de dançar em seu melhor momento
Dia de lutar pelo reconhecimento
Dia de dar voz ao seu sofrimento
Todo lugar é lugar de índio
Na mata é da terra um igual
Na cidade o tratamento é desigual
Tantos são os que o ignoram
Tantos mais os que os exploram
Todo mundo tem um pouco de índio
Na voz que conta sua história
Na pele que pinta suas glórias
No sustento que tira da terra
Na labuta que é quase uma guerra
Todo tempo é tempo de índio
Para alguns é verdadeiro transtorno
Para outros só serve de adorno
Reservados pela indiferença
Guerreiam pra manter sua crença
Ana Alencar é professora do sistema municipal de ensino básico do Município de São Paulo, membro do corpo de redação do Portal Ambiente Legal e poetisa.
Em que locais do Brasil ainda existe índio de sangue puro, ou seja, de pele vermelha?
Olá Casa Valparaiso,
A sua pergunta é bem interessante e eu acredito que a maioria dos nossos indígenas são puros, principalmente porque eles sofrem muito preconceito, o que dificulta a miscigenação. Na região amazônica existem tribos que mal tem contato com os não índios, vivem nas suas reservas e alguns poucos saem. Mas isso é o que eu penso, nao tenho certeza.
Um grande abraço e obrigada !
Ana Alencar