Por Adamo Bazani
O projeto de PDE (Plano Diretor Estratégico) da cidade de São Paulo tinha alguns “jabutis” escondidos. Foram apresentadas 120 emendas ao PL. Destas, o Plenário acatou 13.
Além da isenção tributária do ISS em benefício aos estádios de futebol, outro “jabuti” não passou.
O ”gás natural” seria excluído das fontes de combustível consideradas menos poluentes na cidade.
Assim, o combustível não seria mais levando em conta nas metas de redução de poluição na capital paulista por caminhões de lixo, ônibus e táxis.
No caso do transporte coletivo, a prioridade tem sido ônibus elétricos, mas outras fontes de energia alternativas ao óleo diesel também podem ser usadas.
Tanto é que na última semana, a prefeitura publicou em Diário Oficial a criação de um grupo de trabalho para acompanhar as emissões de poluentes de ônibus com proporções maiores de biodiesel ao diesel.
Algumas concessionárias de ônibus também vão adotar o HVO, um diesel hidrogenado que também polui menos e pode ser usado inclusive nos modelos mais antigos em circulação, sem necessidade de mudar os motores.
O Secretário de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo, Fernando Pinheiro Pedro, considera uma vitória o fato de o jabuti ter caído e o GNV continuar na relação dos combustíveis menos poluentes.
“Isso desarticularia toda nossa estratégia de descarbonização, a começar da metanização da frota de caminhões coletores de lixo… fora os táxis e ônibus” – Secretário Pinheiro Pedro.
O texto final do PDE ainda depende de sanção do prefeito Ricardo Nunes.
*Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Fonte: Diário do Transporte
Publicação Ambiente Legal, 27/06/2023
Edição: Ana Alves Alencar
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