Por Gustavo Ferrari
O Banco Mundial publicou no início de fevereiro um estudo referente à produção de aquicultura até 2030, intitulado “Fish to 2030: Prospects for Fisheries and Aquaculture” (Peixe até 2030: Prosperidade para Pesqueiros e Aquacultura). De acordo com o relatório, a estimativa é que se forneça dois terços da produção global somente para a China e países asiáticos.
Atualmente, 38% da produção mundial de peixes é destinada à exportação, e dois terços destes são feitos por países emergentes, destinados à países desenvolvidos. Até 2030, somente a China consumirá 38% da produção global de peixes.
Os países asiáticos, incluindo China e Japão, estão predestinados a produzir 70% de todo o consumo de aquicultura no mundo. No geral, de acordo com o relatório, 62% virão de peixes como tilápia, carpa e peixe-gato. Somente a produção da tilápia saltará de 4.3 milhões de toneladas para 7.3 milhões de toneladas nos próximos quinze anos.
“Comparado ao mesmo estudo que realizamos 11 anos atrás, a demanda de aquacultura cresceu muito mais do que imaginávamos”, afirmou Siwa Msangi, da International Food Policy Research Institute (IFPRI).
Para o diretor de agricultura e serviços ambientais do Banco Mundial, Juergen Voegele, “produzir peixes com sustentabilidade, sem agredir o meio ambiente e recursos naturais é um grande desafio”. O executivo afirma que há um excesso e colheita de peixes irresponsável e, na aquicultura, as contaminações causaram grande impacto na produção. “Se os países adotarem maneiras corretas de pesca, serão beneficiados pelo ecossistema”, completou Voegele.
A estimativa é que o planeta abrigue cerca de 9 bilhões de pessoas até 2050. Há uma escassez alimentar em países onde a população é maior, então a aquicultura pode contribuir para a segurança alimentar global e crescimento econômico.