Por Clauciana Schmidt Bueno de Moraes*
Cada dia e todos os dias ela está presente em nossas vidas.
Mulher tu és “dona” de todos os dias e de todos os momentos de alegrias, aflições, lutas, aconchegos e paixões.
Alguns relatam que a mulher surgiu da costela de Adão, de um pedacinho do homem. Não depreciando a história, mas a mulher é tão forte e tão sútil, tão acolhedora, que acredito ter surgido sim de um pedacinho do coração de Deus.
Mulher amiga, que escuta, dança, sorri e chora.
Mulher namorada, que faz o coração pulsar, o sonho aflorar, a paixão esquentar.
Mulher esposa, aquela que se mistura a mulher amada, namorada, companheira, a mãe e as vezes uma segunda mãe de proteção e cuidados. Muitas mulheres em uma só.
Mulher filha, um pedacinho de nós, princesa, boneca, a que faz nossos olhos brilharem, o ciúmes aflorar, o coração a cada sorriso dela, com ela se alegrar.
Mulher irmã, a amiga, aquela que também briga, a cumplice, a parceria, a titia, aquela que divide o doce, o cobertor e amor dos pais.
Mulher sogra, que criou a nossa companhia, que é parte das “piadas” nas rodas de amigos e de família. Sogra, que pode ser boa aliada e boa amiga.
Mulher mãe, a maior de todas, que gerou ou criou a cada um de nós! Esta é a Mãe Rainha.
Mulher avó, bisavó, que de rainha volta a ser princesa, volta a ser a menina frágil, mas transborda sabedoria.
Mulher, aquela que é chamada popularmente de trabalhadora.
Quantas líderes, quantos exemplos, grandes mulheres em todas as profissões.
Profissão mãe, do lar, empresária, secretária, professora, autônoma, cuidadora, vendedora, cozinheira, faxineira, diarista, dentista, enfermeira, médica, biomédica, veterinária, artista, balconista, corretora, engenheira, cientista, administradora, antropóloga, bancária, caixa, cobradora, atleta, advogada, geógrafa, geóloga, ecóloga, bióloga, farmacêutica, diretora, gestora, cabelereira, manicure, psicóloga, terapeuta, esteticista, dentre tantas outras. Tantas são as profissões e ocupações em que ela pode brilhar.
Mulher com direitos e deveres.
Direito à saúde, educação, habitação, igualdade, liberdade, democracia e família. Quantos deveres pelo caminho em sua luta constante pelo direito de ser mulher.
Citar os deveres do cotidiano seria óbvio à mulher. Cuidar dos filhos, da família, do lar, do alimento, trabalhar e ainda encontrar tempo de ser a namorada, esposa e amiga, e ainda, a irmã e filha.
Não seriam estes os deveres da mulher, pois para tal quando é embalada de amor, e mesmo as vezes em meio ao cansaço, faz tudo com alegria e prazer, jamais com peso para os que ama, como sendo um dever.
Importante ressaltar e valorizar a mulher em tempos de “guerra”, de luta e de pandemia.
E nestes tempos atuais, quantas mulheres em uma só, quantas se triplicaram. Mãe, professora e trabalhadora em tempo integral. Exaustão, depressão, desânimo, são palavras que no meio desta crise, a mulher nem sequer conseguiu pronunciar.
Mulher frágil, mulher fortaleza. Com foco, determinação, sutileza, e mesmo em meio à crise, encontra alegria, equilíbrio para seguir em frente, cuidando de si, cuidando dos que ama, sonhando novos tempos e lutando pela vida.
Mulher que tem o direito de SER MULHER, e o dever de SER FELIZ!
Simplesmente Mulher
Mulher, simplesmente mulher.
Mulher casada ou solteira.
Mulher amante ou amada.
Mulher frágil ou guerreira.
Mulher séria ou a eterna menina.
Mulher vaidosa ou desprendida.
Mulher ruiva, loira ou morena.
Mulher branca, preta, parda, amarela ou indígena.
Mulher de todas as nações.
Mulher que luta e vence os medos e preconceitos.
E na sutileza e força gerencia sua vida.
Mulher que é digna de igualdade, liberdade, respeito e valor.
A mulher que eterniza sua essência todo dia, como uma poesia do cotidiano.
Mulher que se eterniza.
No sabor doce do café,
No alimento que tem o gostinho dela.
No colo de mãe.
No beijo apaixonado.
No abraço que une laços.
Se eterniza.
Na música e no balanço de uma dança.
Na arte e na poesia.
No olhar radiante e firme.
No sorriso tímido, e as vezes estonteante.
No perfume único dela.
Na luta sem reclamar, muitas vezes sem a dor pronunciar.
Na rotina e no sucesso do trabalho.
Mulher que sabe medir a hora de chorar e de sorrir, de ajudar ou de pedir.
Mulher que se eterniza.
Na conversa amiga.
Na recordação da juventude.
Nas brincadeiras de criança.
Na beleza do caminhar.
A mulher se eterniza.
Mulher, ame-se e priorize-se.
Homem, valorize as mulheres, hoje e sempre.
Enamore-se e perpetue a mulher que toca a sua alma.
A Mulher eterniza.
Mas, não é eterna.
É grandemente e simplesmente mulher!
(Clauciana Schmidt)
*Homenagem à todas as mulheres. Solidariedade, união e compaixão com todas às mulheres vítimas, diretas ou indiretas, desta pandemia.
*Profa Dra Clauciana Schmidt Bueno de Moraes – Geógrafa (UNESP), Administradora (UNIP), Possui Mestrado e Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo – EESC/ USP, Pós-doutorado Empresarial em Ciências Ambientais – CNPq. É Professora e Pesquisadora do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE/ UNESP) e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Análise de Políticas Públicas (UNESP). (http://lattes.cnpq.br/3559496026857773).
Fonte: A autora
Publicação Ambiente Legal, 10/03/2021
Edição: Ana A. Alencar
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