NEM HORIZONTAL, NEM VERTICAL – NO RUMO CERTO

Presidente Bolsonaro modula o discurso e alinha a comunicação do governo, escapando da armadilha da polarização entre governadores, esquerda e seita direitista.

Por Notícias Agrícolas

A fala do Presidente Jair Bolsonaro, de ontem à noite, mudou o rumo do enfrentamento à pandemia de coronavírus e também mudou o entendimento da Nação em relação às informações vindas do gabinete presidencial. Antes da transmissão, o presidente submeteu um rascunho do pronunciamento a alguns auxiliares.

Como dito, hora de parar de bater cabeça e passar a “bater” continência. Agora a hora é de harmonizar as ações.

Importante anotar que o governo não negligenciou absolutamente em nada. O que havia era um desconfortável descompasso discursivo.

Sem dúvida, Bolsonaro modificou o discurso! Manteve a preocupação de todos nós, com a economia… mas se concentrou no combate necessário à pandemia.

Como dizem em alguns meios militares, nosso presidente é “um cruzador pesado… mas finalmente está retomando o rumo”.

Sobre essa alteração e seus desdobramentos em ações de combate á pandemia, Notícias agrícolas ouviu o seu analista, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, em conversa animada com o editor João Batista Olivi.

Para assistir ao vídeo, basta clicar aqui ou clicando na imagem abaixo:

O Cruzador é pesado, mas retomou o rumo

O discurso de 31 de março, não foi escrito por uma mão. O esboço foi preparado pelo próprio presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro, mas foi apresentado aos ministros do gabinete, para que analisassem os termos. Além dos ministros General Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e do General Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), que tomaram à frente nos últimos dias a condução da crise, foram consultados os ministros General Fernando de Azevedo e Silva (Defesa), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e até Ricardo Salles (Meio Ambiente). O secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), Almirante Flávio Rocha, também foi consultado.

Essas informações foram repassadas por Fernando Pinheiro Pedro, analista do Notícias Agricolas, em sua análise habitual ao jornalista João Batista Olivi.

Pinheiro Pedro entende que a comunicação do governo ganhou novo rumo, que se completou ainda hoje com o anuncio de medidas econômicas de grande vulto que irão amenizar a crise junto à população mais necessitada.

— “Sempre disse que temos governo, apesar dos panelaços dos eternos descontentes. Agora é preciso tomar cuidado também com os arroubos da “seita”, da extrema direita que quer se apossar do Governo. Jair Bolsonaro sabe muto bem disso, e o Governo não se deixará levar pelas cassandras”, afirmou Pinheiro Pedero.

João Batista, por sua vez, completou: “muito ajuda quem não atrapalha. Então vamos em frente!”.
Para entender o pacote de apoio do governo:

O presidente Jair Bolsonaro anunciou que sancionou nesta quarta-feira – 1º de abril, a ajuda emergencial de 600 reais mensais a trabalhadores informais, aprovada pelo Congresso, no âmbito das medidas de enfrentamento à crise do coronavírus. Segundo o presidente, serão investidos 98 bilhões de reais para os pagamentos por três meses a 54 milhões de brasileiros.

Bolsonaro afirmou ainda, em breve pronunciamento no Palácio do Planalto, que serão editadas ainda três medidas provisórias para mitigar os impactos econômicos da pandemia.

Uma das MPs ampliará repasses aos Estados e municípios em 16 bilhões de reais, outra dará 51 bilhões de reais para empresas cobrirem a diferença de salários no caso de negociações em que reduzam os pagamentos e a terceira estabelece crédito de 54 bilhões de reais para empresas que decidirem manter os empregos financiarem a folha de pagamentos.

Medidas para coronavírus de R$ 200 bi serão oficializadas até 5a-feira, disse o ministro Guedes, da Economia.

“O total é de 200 bilhões de reais, 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto)”, afirmou Guedes.

Segundo Guedes, o governo cobrirá a diferença de salário dos trabalhadores que tiverem jornada reduzida em “20%, 25%, 30%”, num programa para manutenção de empregos formais de 51 bilhões de reais.

Assista ao pronunciamento oficial do Presidente Bolsonaro (31 de março de 2020):