Por Rafael Abrão Possik Jr.
O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, com pelo menos 8 milhões de hectares plantados.
Cada hectare tem potencial 7,5 mil litros de etanol mais 8,5mil kWh de bioenergia, o que daria 68.000.000 kWh estimados de energia limpa do ponto de vista ambiental e complementares à sazonalidade do parque hidroelétrico nacional.
Equivale a dizer que enquanto os reservatórios hídricos estão secos e consequentemente gerando pouca energia, as usinas de co-geração com bagaço estão em pleno funcionamento e utilizando tecnologia nacional.
A sensação é que por parte do Governo falta uma cultura de planejamento e avaliação de resultados, o que deixaria para o passado a impressão de amadorismo, do aprendizado por ensaios e erros.
Através das parcerias público-privadas poderíamos redesenhar os rumos da nossa nação brasileira, com baixos custos logísticos já que estas unidades são anexas à usinas de açúcar e etanol e podem ser implementadas em apenas 18meses, dando um salto em matéria de infraestrutura, inovação e produtividade.
Rafael Abrão Possik Jr. é Empresário e Professor de Gestão do Agronegócio da Faculdade de Administração da FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado.