DA NECESSIDADE DESSA NOVA ARMA PARA O BRASIL
Por Paulo Morais
No momento em que é crucial para o país a votação da PEC 241, que define o teto de gastos públicos, fundamental para o reestabelecimento da confiança na economia, pode parecer extemporâneo trazermos a baila o assunto da necessidade de um porta aviões.
Mas não é.
Pois bem , a força naval do Brasil discute no seu PRM – Plano de Reaparelhamento e Modernização, a possibilidade da substituição do porta-aviões São Paulo, que vem chegando ao fim de sua vida útil, isto num país como o Brasil cujos orçamentos destinados à defesa nunca foram condizentes com sua importância , dimensões e necessidades.
Muito se discute ao longo dos anos , em estratégia militar, a importância e o papel dos navio aeródromos , já que a manutenção de uma força com características oceânicas ofensivas, é baseada em porta-aviões com escoltas, que demandam altos investimentos.
No passado, a União Soviética e países sob sua esfera de influência, julgavam essa opção estratégica custosa e ineficiente, voltando-se mais à doutrina dos mísseis intercontinentais e dos furtivos submarinos nucleares.
A certa altura, a própria marinha americana, adepta dessa doutrina, questionou o futuro dos poderosos grupos de batalha aeronavais, mas nos próximos 30 anos, os grupos de ataque, continuarão a ser a espinha dorsal ofensiva da maior potência militar do planeta.
Isto pelo fato de que estes porta-aviões, atuam como instrumentos de projeção de poder da nação em todo o globo, dispensando instalações físicas fixas a grandes distâncias.
O aumento da necessidade de instrumentos eficazes para a projeção dos poderes e da defesa dos interesses da nação numa esfera global, fez com que países reticentes a doutrina de uso dos porta – aviões, como a China adquirissem um porta-aviões, a fim de afirmar-se como potência naval global.
Hoje no contexto geo-político de economias e mercados globalizados, as estratégias do mundo dos negócios , não diferem das estratégias militares no tocante a projeção do poder nacional.
O Brasil vive a necessidade de profundas reformas estruturais, no sistema de administração do Estado , no sistema tributário, no previdenciário, no trabalhista e no sistema político que afetam diretamente a competitividade e o poder industrial do país, mas sem ter um horizonte de quando todas essas medidas estarão em vigor e se.
O que não deixa de ser um Plano de Reaparelhamento e Modernização do Brasil.
Portanto, o empresariado nacional deve buscar o seu próprio Plano de Reaparelhamento e Modernização – se compararmos a situação da nossa força naval – e para isso tem ao seu alcance , um porta-aviões moderno, de grande capacidade operacional, pronto para entrar em combate : o Hernandarias.
Na verdade, um porta-indústrias, apto a singrar os mares do competitivo comércio internacional, com duas missões: expandir a indústria paraguaia e manter viva a indústria no Brasil, estancando o processo de desindustrialização , tão acelerado nos últimos 13 anos de desgoverno.
Setores de produção de autopeças, eletrônicos, calçados, vestuário, entre outros, devem pensar seriamente em investir em opções viáveis para manter vivas e saudáveis suas empresas , aproveitando oportunidades no Paraguai – criadas em grande parte pela administração dinâmica e visionária do presidente Horacio Cartes, ele mesmo um empresário – e montar lá suas indústrias maquiladoras, com o que ampliariam fortemente suas exportações.
O Paraguai, como membro do Mercosul , tem tributação zero das exportações para o Brasil , além de uma série de acordos comerciais com diversos países, como o que isenta de tributos cerca de 10 mil ítens da pauta de exportações de produtos paraguaios a União Européia.
Esse porta- indústrias que já está à disposição do Brasil, fica no município paraguaio de Hernandarias , departamento de Alto Paraná, a 20 minutos da ponte da amizade, junto a Hidrovia Paraná Tiête, cidade de 110 mil habitantes, com mais de 80% de sua população abaixo da faixa etária dos 35 anos, cujo intendente Rubén Rojas, trabalhando em conjunto com o setor privado, na área industrial chamada Araucária, cede terrenos de 2.000 m2, sem custo para as indústrias que venham a se instalar lá e gerem mão de obra local, segundo Christian Cardozo CEO da ARAUCARIA Ciudad Industrial, onde já estão empresas como Estrela, Metal Américas, Arxo Industrial, Oxsur, entre outras.
Aliado a boa logística , energia barata, regime trabalhista e previdenciário descomplicado e terras de graça, leis como as que garantem remessa integral de lucros, a que disciplina incentivos e isenções fiscais sobre investimentos nacionais e estrangeiros, a de regime de zonas francas, a de regime de importação de matérias primas e insumos, a de regime de obras públicas, a de PPPs, entre outras, um arcabouço legal moderno e necessário, que propicia a devida segurança jurídica ao ambiente dos negócios.
Os argumentos só fazem se reforçar, agora pelo recentíssimo oferecimento do Chile em dar acesso ao oceano Pacífico ao Paraguai, o que facilitará ainda mais a entrada de matérias primas e escoamento de produtos, pela Zona Franca do Porto chileno de Antofagasta, o que escancara uma rota direta de comércio com os países da costa pacifica e do Oriente, condições hoje sem igual no Mercosul.
A visita relâmpago que Temer fez segunda – feira dia 3 de outubro à Assunção, reveste-se de um simbolismo fundamental neste momento, para o fortalecimento e a construção de uma nova aliança estratégica, fundamental para nossos dois países. Ao desembarcar em Assunção, o presidente Temer afirmou ter como objetivo “intensificar as relações e aumentar o grau de amizade” entre o Brasil e Paraguai .
No encontro que manteve, segundo a assessoria do presidente brasileiro, Temer e Cartes discutiram entre outros temas o desenvolvimento da região, as fronteiras e o Mercosul. Houve a assinatura de um acordo sobre telecomunicações e os dois governos planejam para breve, acordos na área automotiva e sobre bitributação. Após a reunião, Temer retornou a Brasília.
Por isso voltamos a insistir: nosso empresariado deve considerar seriamente , tornar o Paraguai como um parceiro estratégico preferencial do Brasil, instalando unidades no país vizinho, como uma plataforma de produção e escoamento de produtos brasileiros, Made in Paraguay.
A AICA – Agência de Inteligência Corporativa e Ambiental – promoverá no meio de outubro o 2º meeting entre seu corpo técnico e empresários brasileiros, quando abordará novamente este tema e serão analisados os diferenciais competitivos das empresas instaladas no Paraguai, em relação as empresas instaladas no Brasil, como a enxuta, objetiva e segura política tributária, , absolutamente de acordo com as exigências de previsibilidade necessárias para um correto planejamento econômico para unidades industriais.
Paulo Morais é advogado e consultor internacional de empresas, foi coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas dos Advogados e membro da Comissão de Meio Ambiente, da OAB de São Paulo. Condecorado com a Legião do Mérito do engenheiro Militar, pela Academia Brasileira de Engenharia Militar, no grau de “Alta Distinção” por destacados serviços à Engenharia Militar.
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Isso já é realidade. Apos estudos de Viabilidade estamos instalando duas Empresas na Cidade Industrial Araucária no Paraguai.
O Paraguay sempre foi considerado o patinho-feio da América do Sul, pouco a pouco, empresários e empreendedores foram se instalando e se moldando ao regime e redescobrindo que o governo, que aqui no Brasil tem muita fome de impostos e atravanca o desenvolver, ao contrário do México e do Paraguay, onde existe as maquilas, onde no vizinho pais da estupenda chipa, o controle de preço eh balizado pelo próprio comerciante, industrial e a pequena parte do governo, que com um comandante como Horácio Cartes, entende da desordem brasileira e incentiva o crescimento empresarial, industrial e comercial dos “hombres na terra guarani”, hoje o pujante Paraguay está e muito será o diferencial na nossa América do Sul…Hernandarias e Araucária ciudad industrial, prova e comprova que existe organização e dignidade além fronteiras…os “brasiguaios” sorridentes confirmam, eu vi e atesto… José Fernando Moleda, brasileiro, cristão, quase-sexagenário e em vias de receber a cidadania guarani, com muito orgulho, uma dúzia de empresas e empresários já instalados nel nuestro hermoso Paraguay.