Por Ana Alencar
ESTADO DE SÃO PAULO EM ALERTA
No ano em que a OMS – Organização Mundial da Saúde, tem como tema central doenças transmitidas por vetores (picadas de insetos), o Estado de São Paulo registra um aumento de 82,3%, em apenas um mês, nos casos de dengue.
O governo paulista registrou 4 (quatro) mortes causadas pela doença, sendo uma em Campinas, duas em Sumaré e um garoto de 6 anos na região oeste da Capital, no último mês de março.
As doenças transmitidas por picadas de insetos (malária, dengue, doença de Chagas, leishmaniases, filariases linfáticas, esquistossomose e tracoma) são responsáveis por uma alta carga de morbilidade e mortalidade especialmente nos países mais pobres, provocando ausência escolar e no trabalho, diminuição na produtividade econômica e sistemas de saúde sobrecarregados com procedimentos de alto custo.
DISPARIDADE E LETALIDADE
Enquanto o Ministério da Saúde comemorava uma queda de 80% dos casos de dengue no país no primeiro bimestre desse ano, o Estado de São Paulo, no mês de março, registrou o aumento de 82,3% nos casos confirmados da doença, sendo a região de Campinas, como já dito, a mais atingida.
O governo paulista anunciou o envio de técnicos à cidade e região, para auxiliar no combate à epidemia. O objetivo é capacitar os profissionais da região, para lidarem com o controle da dengue.
O alerta merece ser visto com maior atenção.
Com relação ao ano passado, no mesmo período, o índice dos casos confirmados caiu. O agravante, porém, é que o maior aumento observado em 2014, ocorreu nos casos de dengue hemorrágica, que é letal (ou seja, provoca óbito nos infectados).
ALERTA NA CAPITAL
A capital paulista registrou mais de 100 novos casos de dengue por dia nas primeiras semanas do mês de abril, segundo balanço divulgado na quinta-feira, 17, pela Secretaria Municipal da Saúde.
O dado corresponde a mais de 790 casos confirmados, somente nos sete dias anteriores ao anúncio.
Na região Oeste da cidade, onde a situação é crítica, o bairro do Jaguaré é o campeão de casos de dengue. Neste bairro ocorreu a única morte registrada nesse ano.
O ranking de números de casos segue pelos bairros da Lapa e Rio Pequeno.
A Zona Norte da capital paulistana também já apresenta registro casos de infecção, em nível muito acima do normal.
Juntos, zona oeste e região norte perfazem 40% do total de incidência da doença na capital.
A prefeitura programou diversas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da dengue, em diversos bairros da Zona Norte e Zona Oeste, na tentativa de frear o avanço da doença.
O COMBATE COMPETE A TODOS
Segundo a Secretaria de Saúde, apenas a nebulização de córregos e terrenos baldios não são suficientes para deter a proliferação das larvas e do mosquito transmissor.
Toda a população tem que participar do combate.
Importante que todos adotem medidas de proteção como:
. uso de roupas que protejam pernas e braços contra a picada de insetos;
. instalação de telas em portas e janelas das residências;
. cobrir os recipientes onde é armazenada a água e não deixar água parada ou acumular lixo.
Como a dengue costuma ter seu pico na 16.ª semana do ano, tudo indica que a doença deve seguir em alta nos próximos dias e,portanto, todo cuidado se faz necessário.
Fontes:
http://www.estadao.com.br/noticias/vida,capital-paulista-tem-100-novos-casos-de-dengue-por-dia,1155369,0.htm
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/04/1440938-prefeitura-pretende-estancar-surto-de-dengue-em-duas-semanas-em-sp.shtml
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/03/casos-de-dengue-caem-80-no-1-bimestre-de-2014-diz-ministerio.html