Observem o tamanho do prejuízo! A canalha que destruiu nossa economia, pretende se perpetuar fraudando as eleições…
Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro*
Dominado pela mediocridade, o Brasil não poderia obter crescimento econômico mais medíocre.
Comparativamente ao PIB mundial, nos últimos sete anos, como mostra o quadro abaixo, crescemos pouco mais que 3%, enquanto os demais países emergentes, em média, cresceram 40%.
Imersos no pesadelo populista, perdemos valor equivalente ao que seria necessário para termos um eficiente sistema de ensino, de saúde, previdência e segurança. Valor suficiente para alavancar nossa falida economia.
O custo da corrupção e da incompetência, acumulado desde 2010, segundo o economista Ricardo Amorim, foi de R$ 2,5 trilhões – significativa parcela extraída do nosso PIB, calculado na casa dos sete trilhões de dólares.
É desanimador. Algo como ver ir para o ralo tudo o que produzimos em três meses, a cada ano trabalhado.
O pesadelo das perdas , porém, continua, pois o fruto da canalhice ainda poderá se ampliar, se nada fizermos. Afinal, ainda estamos sob a direção dos canalhas. E esses canalhas pretendem se eternizar.
A canalhice é pluripartidária, e transcende as cores da ideologia. Não são apenas os idiotas esquerdistas, os bananas hipócritas ou os centristas fisiológicos. Canalhas são todos os que se beneficiaram e ainda se beneficiam da destruição da economia nacional.
A identificação dos responsáveis não exige muito QI.
SANGUESSUGAS DA NAÇÃO
No setor privado, enquanto afundávamos na recessão, emergiram os bancos, empreiteiras, cartéis frigoríficos e grupos minerários. São os sanguessugas da nação.
No setor público, enquanto nós, contribuintes, empobrecemos, enriqueceu a nata do funcionalismo público – a mesma que agora se recusa a cumprir com o dever de garantir transparência no pleito eleitoral e trata de desestabilizar qualquer tentativa de reforma do Estado.
Na esfera da segurança pública, os hipócritas destruíram a estrutura policial e o judiciário desvirtuou a legislação penal. Ambos manietaram o cidadão de bem, criminalizando até mesmo a iniciativa de autodefesa.
Essa degradação patrocinada pelo Estado gerou enorme sensação de impunidade. Com isso, os celerados sentiram-se incentivados e formaram um “exército das sombras” fortemente armado e acobertado pela corrupção. Marginais se organizaram, enriqueceram desmesuradamente, ocuparam mansões de luxo nas vizinhanças insuspeitas e transformaram comunidades inteiras em “territórios livres”.
Hoje, criminosos desfilam com carros de luxo, promovem festas dentro e fora dos presídios, compram aviões, drogam a juventude, ocupam os meios de comunicação e produzem massacres de vítimas inocentes, em números equivalentes à guerra civil no oriente médio.
Impunes, corruptos escarnecem das pessoas honestas, ousando mesmo aparecer em público, com ou sem tornozeleiras, quando estariam apodrecendo no cárcere em qualquer país sério do mundo.
Os responsáveis pelo caos, no entanto, agem como se o futuro lhes pertencesse.
Afinal, qual a razão para tanta segurança? Estão os canalhas seguros de que nada mudará?
NOSSA ARMA: TRANSPARÊNCIA NAS ELEIÇÕES
Fato: Essa estrutura que hoje não mais nos serve, está em verdade nos matando.
Ou nos livramos desse câncer…ou sucumbimos de vez.
Mas os canalhas também o sabem. E armam um golpe para se perpetuarem no Poder.
O golpe armado está no desvirtuamento da aplicação das leis – que testemunhamos diariamente, a cada debate nacional sobre o que vota nosso parlamento ou decide nosso triste judiciário.
Como já apontado por mim em vários outros artigos, o ativismo judicial, o supremacismo vitimizador, o biocentrismo fascista, a ideologia de gênero e tantas outras “bandeiras de luta”, contribuem para o progressivo esgarçamento dos valores que esteiam nossa civilização e, com certeza, matam… até mesmo quem já não possui qualquer chance de se defender… e portanto morre várias vezes.
O jogo de pizzas, condenações e investigações, hoje, domina a política nacional, e mapeia o parlamento, como aliás mostra o desenho de Angeli, acima reproduzido. Esse empastelamento contínuo da legalidade dos fatos, pode, sim, empastelar a vontade popular.
Mas, a “jóia da corôa” na perpetuação dos canalhas e sanguessugas, pode estar na manipulação das eleições.
A resistência burocrática e a insensibilidade antipatriota, que acomete a jusburocracia encarregada de zelar pelo pleito eleitoral, reforça o risco da manipulação vir a ocorrer.
Essa reatividade explica a resistência do Tribunal Eleitoral e Ministério Público Federal em cumprir a lei da reforma eleitoral que determina a impressão do voto. Essa resistência conta com a cumplicidade dos políticos que só têm a ganhar com a manipulação.
Quem perde é o povo brasileiro, que tem no voto secreto uma garantia e, no caráter público da apuração do voto, sua segunda garantia. E essa segunda garantia só se faz com a possibilidade concreta de recontagem física do voto impresso.
O controle enviezado das “pesquisas eleitorais”, revela a outra pinça.
Fundamental, portanto, que todos nós saiamos às ruas, para garantir a transparência do voto.
Se necessário for, que essa transparência ocorra com a abolição da urna eletrônica, se o voto não resultar impressso para conferência.
Chega de criminosa enganação.
Voltemos a tomar as ruas, em defesa da transparência nas próximas eleições.
Urna sem voto impresso… é golpe!
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*Antonio Fernando Pinheiro Pedro é advogado (USP), jornalista e consultor ambiental. Sócio diretor do escritório Pinheiro Pedro Advogados. Integrante do Green Economy Task Force da Câmara de Comércio Internacional, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB e das Comissões de Política Criminal, Infraestrutura e Sustentabilidade da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/SP. Vice-Presidente e diretor jurídico da Associação Paulista de Imprensa – API, é Editor-Chefe do Portal Ambiente Legal e responsável pelo blog The Eagle View.