Serviço oferece acolhimento de curta duração para mulheres vítimas de violência de gênero. Equipamento funciona 24 horas
A primeira Casa da Mulher Paulistana foi inaugurada em dezembro no Jardim São Paulo, zona norte de São Paulo. O serviço oferece acolhimento de curta duração para mulheres vítimas de violência de gênero e seus filhos. O equipamento funciona 24 horas e tem capacidade para abrigar até 20 pessoas. Casa recebe o nome de Rosangela Rigo*, em homenagem a ativista feminista morta em 2015.
“Ao abrir uma casa como esta, todos nós sabemos a importância que terá para tantas mulheres que ainda são vítimas de violência e agressões. As coisas estão avançando, porque a rede de proteção vai dando força para que as mulheres tomem as atitudes que precisam tomar”, afirmou a vice-prefeita e secretária municipal de Educação, Nádia Campeão.
A casa possui cinco quartos, sendo três suítes, banheiro social, cozinha e lavanderia totalmente equipadas. Toda a rede de apoio à mulher vítima de violência poderá encaminhar hóspedes para o serviço, como os Centros de Cidadania da Mulher (CCM), os Centros de Referência da Mulher (CRM), os Centros de Defesa e Convivência das Mulheres (CDCM), hospitais, unidades de saúde e delegacias.
“Em meio aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, nós entregamos para as cidadãs de São Paulo mais uma conquista. A casa acolhe mulheres em situação de violência de gênero, não se restringe a casos de violência doméstica ou familiar e acolherá mulheres que sofrem outros tipos de violência, como as vítimas de tráfico de pessoas e violência sexual”, explica a secretária Denise Dau (Políticas para as Mulheres). A abertura da casa atende à meta 41 do Programa de Metas 2013 – 2016.
As mulheres podem ficar alojadas por 15 dias, período que pode ser prorrogado por mais 15. As hóspedes contam com apoio de psicóloga e assistente social e recebem encaminhamento para orientação e atendimento jurídico. O local também abrigará rodas de conversa, palestras e grupos reflexivos, além de atividades lúdicas e educativas para as crianças. O primeiro ano de funcionamento da casa recebe investimentos de quase R$ 2 milhões. O espaço é administrado pela União Popular de Mulheres de Campo Limpo.
Atualmente, a cidade conta com mais 11 equipamentos especializados no atendimento a mulheres em situação de violência: são cinco centros de referência, cinco centros de cidadania e uma casa de abrigo. Está em construção a segunda Casa da Mulher Paulistana na Vila Mariana, zona sul da cidade.
Homenagem
*Rosangela Rigo, a ativista homenageada, teve sua vida marcada pela luta pelos direitos das mulheres e pela construção de políticas públicas voltadas para a igualdade. Atuou como secretária de Articulação Institucional de Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal.
Serviço:
Casa da Mulher Paulistana – Rosangela Rigo
Rua Castro Maia, 251 – Jardim Paulistano
Funcionamento 24 horas
Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação da Prefeitura de São Paulo