São Paulo instala Usina Solar flutuante no lago de Usina Hidrelétrica de Rosana
Da redação
Já está em plena operação desde o mês de setembro (2016) a primeira usina solar flutuante do Brasil localizada na cidade de Rosana, em São Paulo. É, também, o primeiro projeto de usina solar flutuante instalado em lago de usinas hidrelétricas no mundo.
A usina fotovoltaica de Rosana utiliza a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em um sistema flutuante e gera 101.522 quilowatt-hora (kWh), o que garante o abastecimento energético de 1.000 residências com consumo mensal de 100 quilowatt-hora (kWh). Para isso foram instaladas duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante, e outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuante.
De acordo com o secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles, “Nosso objetivo é testar essas tecnologias inovadoras para poder fornecer esse conhecimento para as empresas do setor instaladas no Estado e popularizar o uso das energias renováveis”.
As usinas solares flutuantes atendem as comunidades ribeirinhas e isoladas com baixo custo pois aproveitam o potencial energético das subestações e da área sobre a lâmina d’água dos reservatórios das hidrelétricas.
A Cesp– Companhia Energética de São Paulo, iniciou o projeto em 2014 com investimento de R$ 23 milhões para a instalação de 100 painéis rígidos flutuantes de 250 watts cada um e 180 flexíveis flutuantes de 144 watts cada. A área ocupada pelas placas flutuantes é de aproximadamente 500 metros quadrados, e o reservatório possui 2.250 quilômetros quadrados.
O projeto de usinas flutuantes em lagos hidrelétricos é resultado de pesquisas que estudam a integralização das fontes eólica e solares com as hídricas, que são a base do sistema, desenvolvidas pela CESP.
Conforme a Secretaria de Energia e Mineração, São Paulo vem investindo na ampliação de projetos em energias renováveis com a primeira planta eólica do Estado de São Paulo, em Sorocaba, que terá capacidade de cerca de 500 kW, de energia fotovoltaica em Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 quilowatts-pico (KWp) e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano e, na Universidade de São Paulo – USP, na capital paulista. Outros empreendimentos estão em curso nas cidades de Dracena e Guaimbê com potência de 270 MWp. Existem ainda em São Paulo, conectados ao sistema, 711 empreendimentos de micro e mini geração distribuída.
Outros projetos de usinas flutuantes similares á de São Paulo, estão sendo iniciados nas cidades de Balbina, no Amazonas, e em Sobradinho, na Bahia. A de Balbina está prevista para finalizar e entrar em pleno funcionamento em 2017 gerando 5 megawatts que abastecerão 9.500 famílias no entorno da hidrelétrica.
Com isso o Brasil torna-se pioneiro no uso de tecnologia em usinas flutuantes utilizando a infraestrutura ociosa dos reservatórios das hidrelétricas otimizando a eficiência energética alternativa – solar e eólica – barateando o custo e impactando diretamente o bolso do consumidor brasileiro.
Fontes:
http://www.energia.sp.gov.br/2016/09/sao-paulo-coloca-em-operacao-primeira-usina-solar-flutuante-do-brasil/
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/03/nova-usina-solar-flutuante-no-am-deve-atender-95-mil-familias-ate-2017.html
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Esqueceram de citar a diminuição da evaporação da água do lago, e consequentemente, o aumento da reserva hídrica.
Pensei nisso também.