Programa Nascentes do governo de SP reúne IPT e secretarias com foco em recuperação e manutenção de matas ciliares
Da redação*
O Programa Nascentes, anteriormente conhecido como Programa Mata Ciliar, é uma ação de governo do Estado de São Paulo que tem o objetivo básico de ampliar a proteção e conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade. A meta do programa é restaurar cerca de 20 mil hectares de matas ciliares em todo o estado: na primeira fase deverão ser recuperados 4,46 mil hectares, utilizando 6,3 milhões de mudas de espécies arbóreas nativas. Serão contempladas matas ciliares no entorno de nascentes e nas margens de rios, córregos, lagos e represas. Estão mobilizados em torno do tema o IPT, as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e do Meio Ambiente, além da Secretaria de Governo.
Duas reuniões técnicas já foram realizadas para definir contribuições técnicas que o IPT poderá oferecer.
Metodologia para definição de áreas prioritárias para restauração, seleção de indicadores ambientais e avaliação das metodologias de restauração foram os temas discutidos nas duas reuniões das equipes do IPT e das secretarias estaduais
Os participantes discutiram a metodologia para definição de áreas prioritárias para restauração, a seleção de indicadores ambientais e a avaliação das metodologias de restauração. Participaram dos encontros representantes de todos os órgãos de governo envolvidos com a questão.
Pelo IPT, participaram pesquisadores e técnicos do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental e da Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais. A iniciativa ocorre no âmbito de um projeto de capacitação coordenado pela pesquisadora Priscila Ikematsu que tem como objetivos definir áreas prioritárias para pagamentos por serviços ambientais hídricos e estabelecer procedimentos metodológicos para mapear nascentes com indícios de degradação.
Priscila aposta no sucesso da parceria entre os órgãos de governo pela recuperação das nascentes no estado de São Paulo: “Até o momento, não foi feito um estudo sobre quais áreas, dentro das bacias prioritárias definidas pelo programa, poderão trazer mais benefícios em quantidade e qualidade de água; tampouco foram considerados indicadores para monitorar os seus resultados em termos de melhoria hídrica, usando a bacia hidrográfica como unidade de análise e a identificação de serviços ambientais hídricos esperados com a restauração das áreas”.
Para o pesquisador José Luiz Albuquerque Filho, responsável pelo Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental, o IPT tem condições plenas de contribuir com o programa: “O Instituto vem de larga experiência no apoio tecnológico à implantação da política pública de recursos hídricos no estado”.
A pesquisadora e diretora do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT, Ligia Ferrari di Romagnano, corrobora a opinião de Albuquerque Filho na capacidade técnica que marca as ações do Instituto e acredita ainda que “espera-se um aprimoramento das ações multidisciplinares dos laboratórios como modelo de integração das competências do Instituto para implantação, com base tecnológica, das políticas públicas do governo estadual”.
Fonte: IPT
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