Depois de aumentos alarmantes em julho e agosto, os números de queimadas na Amazônia diminuíram em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) nesta terça-feira (01/10). Focos de incêndios em outros biomas, porém, cresceram no mesmo período.
Segundo o Inpe, em setembro, foram registrados 19.925 focos de incêndios na Amazônia, o que representa uma queda de 19,66% em relação ao mesmo mês de 2018, quando houve mais de 24 mil focos. Já em relação a agosto, a queda foi de 35,52%.
Historicamente setembro costuma ser um mês em que há aumento no número de queimadas na Amazônia. De acordo com especialistas, a redução ocorreu devido ao envio de militares para combater o fogo na região.
Diante do recorde de focos de incêndios registrados em julho e agosto e da pressão internacional, o presidente Jair Bolsonaro proibiu queimadas na região por 60 dias e enviou militares para ajudar a combater os incêndios.
Em relação ao acumulado do ano, o número de queimadas nos primeiros nove meses chegou a 66.750 e já bateu a quantidade registrada em todo o ano de 2018. Em relação a janeiro e setembro de 2018, houve um aumento de 42,11%, quando no ano passado foram registrados 46.968 focos.
O Inpe, no entanto, alertou para o aumento do desmatamento na região. Entre 1º e 19 de setembro, a Amazônia perdeu 1.173 quilômetros quadrados de cobertura vegetal, 58,65% a mais do que no mesmo período de 2018.
Apesar da queda na Amazônia, as queimadas aumentaram em setembro em outras regiões do país. O bioma mais afetado no momento é Cerrado, onde os focos dobraram, passando de 11.467 em setembro de 2018 para 22.989 em 2019.
Grandes altas foram registradas ainda na Mata Atlântica, com 4.333 mil focos em setembro de 2019 contra 2.309 no mesmo mês do ano passado, um aumento de 87,65%, e no Pantanal, com 2.887 mil focos em setembro de 2019 contra 785 no mesmo mês do ano passado, um aumento de 267,7%.
Já no Pampa, houve um aumento de 307,4%, passando de 67 focos em setembro de 2018 para 273 no mesmo período deste ano. Somente na Caatinga, as queimadas se mantiveram estáveis em cerca de 2,8 mil focos.
Fonte: Deutsche Welle via AmbienteBrasil