Autoridades como Ban ki-Moon, secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), estiveram presentes no evento
De SECOM/Cidade de São Paulo
Personalidades de destaque na área de sustentabilidade do Brasil e do mundo participaram da 1ª Virada ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), evento promovido pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Relações Internacionais no Pavilhão do Ibirapuera, entre os dias 8 e 10 de julho. Todas as atividades promovidas foram gratuitas, visando popularizar os ODS, compromisso de um mundo mais sustentável assumido durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015 pelos 193 países membros, incluindo o Brasil.
A Virada ODS é o maior ação já realizada, no mundo para divulgação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pacto que faz parte da chamada “Agenda 2030”. Nenhuma outra cidade promoveu o tema com uma programação semelhante.
Em sua abertura, o evento contou com as participações do prefeito Ricardo Nunes, que assinou uma declaração de comprometimento da Prefeitura com a “Década de Ação”, iniciada em 2020, em busca dos ODS.
De acordo com Nunes, por mais que São Paulo carregue a alcunha de “cidade de pedra”, está alicerçada em três pilares: “sustentabilidade, desenvolvimento econômico e social, com foco nos mais vulneráveis”.
O governador Rodrigo Garcia, que também esteve presente, recebeu o 2º Relatório de Acompanhamento dos ODS do Estado, por meio da Secretaria de Governo. O documento foi elaborado por 26 instituições governamentais integrantes da Comissão Estadual ODS. Garcia também assinou protocolo de intenções para desenvolvimento sustentável de todos os municípios paulistas.
“São Paulo é um estado que pratica o desenvolvimento sustentável. Não adianta só os governos estarem preparados para orientar o seu orçamento e as suas políticas públicas em relação a este tema. É fundamental que a sociedade tenha essa agenda permanente em suas ações e passe a exercer o controle social para mobilizar Governos”.
Em seu discurso, a secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, acentuou que “o amanhã depende de nós”. Para ela, atingir os ODS é possível a partir da “preservação de vidas dignas”. “O que conta mesmo é cada vida.”
A abertura da 1ª Virada contou com as presenças de Ban ki-Moon, secretário geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que afirmou, durante sua palestra, que precisamos de uma parceria global forte se quisermos atingir os ODS.
“Temos de agir agora para salvar o futuro da humanidade. Não temos plano B, pois não temos um planeta B!”, enfatizou.
Falando sobre a importância da implementação dos ODS, a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, declarou que não se está buscando qualquer tipo de desenvolvimento, “mas uma forma de desenvolvimento que seja justa e sustentável”.
Programação
No polo central da Virada ODS, na Bienal do Ibirapuera, foi realizado um congresso internacional, o Fórum Cidades Sustentáveis e o Festival Green Nation, com atividades lúdicas e experimentais, assim como rodadas de negócios em prol dos ODS.
No Hub Green Sampa, em Pinheiros, na Zona Oeste, foi promovida uma maratona de programação Hackathon, além de diversas atividades culturais e educativas em oito Centros Educacionais Unificados (CEUs): Parelheiros, Butantã, Cidade Dutra, Heliópolis, Água Azul, Jardim Paulistano, São Rafael e Jaçanã.
Para Malu Molina, gerente de projetos da SMRI e coordenadora da Virada ODS pela pasta, o propósito do evento foi “valorizar o desenvolvimento e a sustentabilidade a partir de uma lógica mais verde, inteligente e inclusiva, além de engajar a população paulistana nos ODS”. Segundo Malu, a ideia é possibilitar que mais cidades se inspirem e realizem Viradas ODS.
A Virada ODS foi lançada pela Prefeitura de São Paulo em 25 de setembro de 2021, Dia de Ação Global pelos ODS, quando se comemorou seis anos da publicação da Agenda 2030 da ONU. Para realizá-la, a Secretaria Municipal de Relações Internacionais contou com a SPTURIS e apoios das secretarias municipais de Educação; Cultura; Desenvolvimento Econômico e Trabalho; Verde e Meio Ambiente e Governo, além de Comunicação; Direitos Humanos e Cidadania; Justiça; Segurança Urbana; Transportes (CET e SPTrans); Esportes e Lazer e Subprefeituras. As secretarias de Mudanças Climáticas; Planejamento e Entregas Prioritárias; Projetos Estratégicos; Pessoa com Deficiência; Assistência e Desenvolvimento Social; Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável e Prodam também colaboraram.
No terceiro setor houve a participação da Green Nation; Instituto Global Attitude e Instituto Cidades Sustentáveis. Redes internacionais como UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância); PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente); ONU Mulheres; ONU-Habitat; UNESCO (Organização das Nações unidas para a Educação, a Ciência a Cultura); OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde), UNOSSC (United Nations Office for South-South Cooperation); C-40 (Grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática) e ICLEI (International Council for Local Environmental Iniciatives); UCCI (União de Cidades Capitais Ibero-Americanas); Mercocidades; UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime); FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e Pacto Global da ONU também contribuíram.
Fonte: SECOM – Prefeitura da Cidade de São Paulo
Publicação Ambiente Legal, 11/07/2022
Edição: Ana Alves Alencar
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