Por Paulo Thomaz
Ah! Como seria bom se tivéssemos mais opções no momento de escolher os serviços a nós prestados! Imagine se aqui, no Estado de São Paulo, mais de uma distribuidora de energia ou água, operassem oferecendo preços e serviços diferenciados……..Seria ótimo, não?
Pois bem, com a chegada das STARTUPS, pode ser o “começo do fim” . Essas empresas já são uma realidade mundial, ganhando cada vez mais espaço no que tange à facilitar do dia a dia de todos, oferecendo rapidez, segurança e o mais importante, preços competitivos.
A mais nova polêmica fica por conta do “UBER”, empresa norte-americana de transporte privado urbano, baseado em tecnologia disruptiva em rede, que através de um aplicativo, oferece serviço semelhante ao taxi tradicional conhecido popularmente como “serviço de carona remunerada”. O nome UBER, na verdade, é uma gíria que significa: super, mega, ultra, muito, melhor, cool, e utilizada para quem quer expressar admiração, surpresa, espanto ou salientar que alguma coisa é excepcional. Informalmente, o termo também é usado para designar alguém que demonstre muita qualidade e superioridade em determinada função.
Pelo visto, não foi assim que ela foi aceita por aqui e nem nos outros 61 países onde opera. Em todos eles, a empresa deparou-se com problemas de aceitação, tanto por parte dos usuários como dos, até então únicos, prestadores do mesmo serviço.
Desde o inicio das operações do UBER, em 2014, temos visto nas mídias, cenas de diversos protestos e reinvindicações contrárias à criação e regulamentação do aplicativo, tendo à frente motoristas de Táxis e seus respectivos sindicatos, declarando guerra e protagonizando cenas de puro vandalismo, Altíssima selvageria e falta de bom senso, que só resultou na migração de mais usuários para o concorrente !
Impedir o cidadão de ir e vir, danificar propriedade privada, não são atitudes de quem quer ser visto como “cordial”, nem são bons argumentos, pois estes estão muito bem assegurados pela nossa Constituição.
Isso, pode ser comparado ao “LUDISMO”, movimento ocorrido no século XIX, contra a mecanização do trabalho, proporcionado pela chegada da “Revolução Industrial”. Adaptando-se aos dias de hoje, identifica toda e qualquer pessoa que se mostra contraria à industrialização ou às novas tecnologias.
Portanto, a reação não pode ser “ludista”, como a dos operários que destruíam as máquinas a vapor, na revolução industrial.
Para que todos entendam, isso é parte de uma evolução global dos modelos já obsoletos dos serviços de transportes, desafiando as premissas de como devem funcionar – Como foi com os discos de vinil, locadoras de vídeo, telefone fixo, GPS e tantos outros que, de alguma forma, foram sendo substituídos por tecnologias mais avançadas.
Neste caso, diante a falha na prestação dos serviços, os consumidores tem o direito de escolher, optando por carros melhores, atitudes melhores, formas de pagamento, soluções para o trânsito caótico das grandes capitais, deixando de ser refém dos cartéis e serviços de baixa qualidade !
Na verdade, toda concorrência é benvinda e estimula a melhoria dos serviços respondendo às necessidades atuais exigindo que, neste caso, são os taxistas que devem mudar, e para melhor para não perderem o Ponto !!
Nota:
Fundada oficialmente em junho de 2010, na cidade de São Francisco, a Uber Technologies Inc. hoje está em mais de 342 cidades em mais de 61 países, com o objetivo de aproximar pessoas e revolucionar o modo de se movimentar nas cidade.
A ideia surgiu em 2009, quando Garett Camp e Travis Kalanick participavam da conferência LeWeb, na França. Após o evento, ao precisarem retornar para o hotel, encontraram dificuldade para pegar um táxi, transporte público ou até mesmo um motorista particular. Foi então que pensaram que seria incrível poder, a um toque no celular, contratar o serviço de um motorista particular.
Paulo Thomaz é jornalista e técnico veterano em segurança e mecânica de automóveis. É redator do Portal Ambiente Legal.
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