Na indústria da beleza, questões sustentáveis estão vindo cada vez mais à tona
Da Redação
Com uma crescente preocupação com questões sustentáveis e ligadas ao cuidado com o meio ambiente, algumas tendências em mercados como os relacionados à beleza começam a surgir. Entre elas, as tendências chamadas de “upcycling beauty”.
Em suma, esta tendência se baseia em empresas que tentam transformar resíduos em cosméticos e produtos de beleza. A abordagem busca transformar e ressignificar algo que antes seria descartável de forma prejudicial ao meio ambiente.
Essa adoção segue dados e levantamentos feitos em torno do consumo de produtos provenientes desse universo da beleza. Segundo dados da Beautystreams, uma plataforma de previsão de tendências, 73% dos consumidores da geração Z colocam a sustentabilidade como prioridade em suas decisões sobre o que consumir ou não.
De olho nesses dados, o reaproveitamento de insumos e resíduos tem sido uma pauta cada vez mais frequente para as grandes marcas desse mercado.
Esses insumos passam por vários processos que garantem a qualidade e segurança quando aplicados na produção desses produtos. Este processo demonstra como os resíduos podem ser transformados em ingredientes valiosos e utilizados de forma criativa e sustentável na fabricação.
Não é porque se trata de um método mais sustentável de reaproveitamento que os critérios são diferentes. Como acontece em produtos que não seguem essas tendências, tudo o que é criado passa pela regularização tradicional da ANVISA antes de ir para as prateleiras e circular.
É possível, inclusive, utilizar até mesmo plásticos para este processo. Neste caso, o processo exige cuidado meticuloso, sendo essencialmente conduzido através de etapas bem definidas e rigoroso controle de qualidade. Isso é fundamental para assegurar tanto a segurança dos produtos cosméticos quanto a proteção dos consumidores.
Assim, vários produtos são criados desta forma. Desde shampoos e condicionadores até cremes e produtos voltados para cuidados com a pele. Esta abordagem não apenas reduz o desperdício, mas também agrega valor estético aos produtos de beleza.
Isso afeta tanto a composição quanto as próprias embalagens dos produtos, feitas com materiais que chegam justamente deste reúso e reaproveitamento de elementos que seguem esta linha. O ideal, para as empresas que começaram a pregar estas filosofias, é gerar o mínimo de resíduo possível, a fim de criar uma tendência cada vez mais amiga do meio ambiente. Existem grandes exemplos que estão buscando pelo melhor desodorante natural do mercado e que já não utilizam embalagens com plásticos.
O upcycling beauty não deve ser pautado ou visto como uma tendência passageira, ainda mais tendo em vista a ascensão pela procura por produtos de beleza que prezam pelo meio ambiente. Desta forma, um novo padrão dentro deste mercado deve começar a ser seguido e posto em pauta.
Fonte: Redação
Publicação Ambiente Legal, 24/03/2024
Edição: Ana Alves Alencar
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