Com apoio do PNUD, ônibus movidos a hidrogênio começam a integrar a frota regular em São Paulo
Passageiros que utilizam transporte público entre as regiões de Santo André e Diadema, em São Paulo, integrarão o esforço para a redução da emissão de gases poluentes no meio ambiente. Entraram em circulação no início de março deste ano, no Corredor São Mateus-Jabaquara (ABD), dois novos ônibus movidos a hidrogênio.
Os ônibus, desenvolvidos com tecnologia brasileira, são resultado de um projeto em parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S.A. (EMTU/SP), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e da Agência Brasileira de Inovação (FINEP).
Em junho de 2015, três ônibus foram entregues ao Estado de São Paulo e ativados para teste. Nesta semana, dois deles foram integrados à frota dos ônibus intermunicipais gerenciada pela EMTU/SP. Os trabalhos começaram pontualmente às 5h20 e às 5h40, ambos operando na Linha 287P – de Piraporinha a Santo André, em trajeto bastante demandado por usuários.
A tecnologia utilizada de propulsão é totalmente livre de emissões de poluentes. No lugar de dióxido de carbono e outras emissões dos carros comuns, somente vapor d’água é eliminado pelo escapamento dos ônibus.
Além de contribuir para mitigar a mudança global do clima, os novos ônibus também ajudam a impulsionar o uso de tecnologias limpas para transporte no país. “O desenvolvimento da tecnologia, em território nacional, de veículos movidos a hidrogênio, ainda é um processo restrito a um grupo seleto de países. Isso deixa o Brasil em uma posição de destaque mundial na área”, ressalta a oficial de programa de do PNUD, Rose Diegues.
Os dois ônibus são decorados com pássaros representativos da fauna brasileira e recebem nomes de aves. Um deles é o Ararajuba, ave da região amazônica que representará as regiões Norte e Nordeste, e outro o Sabiá-laranjeira, considerada por decreto presidencial como um dos quatro símbolos nacionais.
Marketing verde à parte – descontada a iniciativa louvável de todos os que integraram o projeto, apoiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – o fato é que os dois ônibus integram um projeto de substituição de matrizes com uma história nada elogiável no município de São Paulo: a de iniciar e nunca terminar de forma positiva, projetos de implantação de ecofrota de coletivos na cidade de São Paulo.
Já foram introduzidos ônibus a gás natural, a alcool, biodiesel, baterias elétricas – todas aquisições festejadas, seguidos de amplo apoio de imprensa e… passado algum tempo, quase todas encerradas….
Agora… é mesmo o caso de aguardar, esperançosamente… se a iniciativa teconógica, desta vez, fica.
Fonte: ONU Brasil