Revista Ambiente Legal
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O ministro chinês do Meio Am-
biente, Pan Yue, admitiu recentemente
que 22 províncias estão com suas capa-
cidades esgotadas em recursos naturais
e que será necessário transferir seus
cerca de 186 milhões de moradores – o
equivalente à população do Brasil. Si-
tuação grave também é vivida por 11
mil moradores das nove ilhas de Tuva-
lu, pequeno país localizado no centro
da Oceania, no Oceano Pacífico.
Com uma área de 24 quilômetros,
a região corre o risco de, literalmente,
sumir do mapa. Os estudiosos indicam
que o oceano subiu cerca de 30 centí-
metros no século passado. Em 2100, a
elevação deve atingir um metro e inun-
dar a região. A causa seria o derretimen-
to das geleiras da Terra.
O governo de Tuvalu fez um apelo
à Nova Zelândia para que receba seu
povo quando o inevitável estiver para
acontecer.
Pensador
contemporâneo,
o
americano Lester Brown, denun-
ciou o problema das Ilhas Maldivas.
Com 1.200 pequenas ilhas, onde
vivem pelo menos 310 mil habi-
tantes, o local parece condenado.
O problema em outras partes do mundo
Brown alertou que o aumento de 1 me-
tro no nível do mar devastaria a econo-
mia da região, tornando a vida inviável.
Vale lembrar que, hoje, 100 milhões de
pessoas vivem em regiões abaixo do ní-
vel do mar e correm o mesmo risco.
Outras populações ameaçadas es-
tão, por exemplo, na África, Bangla-
desh, Caribe, Índia, Indonésia, Méxi-
co, Tailândia e Vietnã. Isso sem falar
das vítimas da exploração de carvão na
Grécia, onde vilarejos inteiros já foram
removidos. E, para não cair no esque-
cimento, há 20 anos 100 mil pessoas
tiveram de deixar suas casas por causa
do maior acidente nuclear de todos os
tempos. Foi a explosão do reator 4 da
usina de Chernobyl, na Ucrânia. Uma
área de 145 mil quilômetros quadrados
foi atingida.
Ilhas e países insulares como Tuvalu podem sumir do mapa e deixar muitos refugiados ambientais.
Populações ameaçadas vivem na África, Índia, México e muitos outros países.
SXC
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